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Estado de Minas ECONOMIA

'Em 2014, dava at� para escolher onde pagavam mais', diz empregado da constru��o


postado em 23/06/2019 07:55

Quando Raimundo dos Santos, de 54 anos chega ao trabalho, ele n�o consegue deixar de comparar a situa��o atual do setor de constru��o civil com o que o setor era h� cinco anos. "Nesta obra aqui devem ter umas 300 pessoas trabalhando. � muita gente. Mas n�o tem outro canteiro assim por aqui por perto. Em 2014, dava at� para escolher onde pagavam mais."

Desde 1990, ele trabalha construindo fachadas de edif�cios residenciais em S�o Paulo. "Com esse sal�rio, consegui criar meus tr�s filhos e manter a minha fam�lia. Era um orgulho pensar que constru� a minha casa com a mesma dedica��o que tinha para construir a casa dos outros. Uma pena que tudo mudou t�o rapidamente."

Ele conta que, se h� cinco anos conseguia tirar cerca de R$ 7 mil, considerando o sal�rio e as comiss�es, hoje o rendimento � de R$ 3 mil. "Ainda bem que os meus filhos t�m emprego, est�o encaminhados. At� penso em voltar para a Bahia, mas todo mundo diz que l� as coisas est�o ainda mais dif�ceis. O jeito � torcer."

Quando olha para a situa��o atual do mercado de trabalho, Raimundo diz que n�o v� uma solu��o pr�xima para a queda do desemprego, que atingia 13,2 milh�es de pessoas no trimestre at� abril, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad) Cont�nua. "Se o pobre e a classe m�dia n�o conseguem trabalhar, como esse povo vai ter dinheiro para comprar a sua casa?"

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Constru��o Civil de S�o Paulo (Sintracon), Antonio de Sousa Ramalho, diz que o piso do trabalhador do setor tem sido reajustado pela infla��o pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC), mas a renda caiu, afetada por comiss�es baixas e alta da concorr�ncia, com o maior n�mero de desempregados.

"O trabalhador ficou com um buraco na renda. O setor da constru��o perdeu mais de 1 milh�o de postos de trabalho na crise. Os benef�cios que as empresas davam para segurar os bons empregados ficaram no passado", diz.

O professor da Universidade de Bras�lia (UnB) Jos� Lu�s Oreiro avalia que a constru��o ainda deve patinar. "Ela foi expandida de 2008 a 2014, por investimento p�blico, e ainda teve a bolha imobili�ria, que aumentou o valor dos im�veis e estimulou lan�amentos. Esses vetores est�o ausentes agora. A recupera��o vai demorar." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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