A Neoenergia captou R$ 3,7 bilh�es na B3 ontem (28), na segunda abertura de capital do ano, ap�s a Centauro. A demanda dos investidores pela Neoenergia foi alta e superou em cinco vezes a oferta de pap�is.
Com o lan�amento dos pap�is, o Banco do Brasil vendeu sua participa��o na Neoenergia. O fundo de pens�o dos funcion�rios do banco p�blico, a Previ, e a controladora Iberdrola tamb�m foram vendedores, mas de pequenas fatias.
A Neoenergia � um grupo integrado de energia, com opera��o nos segmentos de gera��o, transmiss�o e distribui��o - esta �ltima responde por 80% do caixa da companhia. O grupo controla as distribuidoras Coelba (BA), Celpe (PE), Cosern (RN) e Elektro (SP). Em gera��o, a Neoenergia tem capacidade instalada de 3,7 GW, entre usinas hidrel�tricas, e�licas e t�rmica, incluindo 10% de Belo Monte. J� na transmiss�o, a companhia possui 679 quil�metros de linhas em opera��o e outros 4,6 mil km em constru��o, que exigir�o investimento estimado em R$ 8,8 bilh�es.
A abertura de capital ocorre pouco mais de um ano e meio depois de uma tentativa fracassada nesse sentido, quando a empresa cancelou a oferta de pap�is, "tendo em vista condi��es de mercado", segundo justificou � �poca.
Para emplacar a abertura de capital agora, a Neoenergia reduziu o valor da companhia, em rela��o ao esperado na tentativa anterior. O desconto oferecido atraiu o investidor, que passou a ver a empresa como uma alternativa de exposi��o ao setor de energia, considerado previs�vel e seguro, num momento de perspectiva de retomada econ�mica e, consequentemente, do consumo de luz.
Al�m disso, agrada aos investidores a estrat�gia de crescimento da companhia, com diversifica��o j� em andamento para o segmento de transmiss�o e as boas perspectivas de neg�cios, bem como potenciais ganhos de efici�ncia com o fortalecimento da espanhola Iberdrola como controlador do grupo.
Bolsa em alta
A perspectiva de corte de juros no Brasil, nos EUA e na Europa foi um dos gatilhos que levaram a Bolsa �s m�ximas hist�ricas recentemente. Caso as redu��es se concretizem, o n�mero de investidores do Pa�s tende a aumentar, beneficiando tanto empresas j� listadas - com destaque imediato para o setor de commodities e de consumo -, assim como fomenta aberturas de capital e fus�es e aquisi��es, segundo analistas.
As taxas de juros na m�nima hist�rica, a expectativa com a reforma da Previd�ncia e os esfor�os de bancos e corretoras para atrair novos clientes levaram a Bolsa a alcan�ar em abril o recorde de 1 milh�o de pessoas f�sicas cadastradas. Na compara��o com abril de 2018, quando 684 mil CPFs estavam cadastrados, houve crescimento de 46%.
Os benef�cios de um corte de juros s�o apontados tamb�m como est�mulo para novas aberturas de capital que, somente neste ano, somadas �s ofertas de empresas j� listadas, j� movimentaram R$ 8 bilh�es, quase o dobro do total atingido em todo o ano de 2018. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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