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Estado de Minas ECONOMIA

S�mbolo da lava jato, Abreu e Lima � posta � venda


postado em 29/06/2019 08:56

A mais famosa das refinarias colocadas � venda pela Petrobr�s � a de Pernambuco. A Refinaria Abreu e Lima, a mais moderna do Brasil, foi um dos principais alvos de investiga��o da Lava Jato. Seu or�amento inicial de US$ 2,3 bilh�es chegou a US$ 18,5 bilh�es, em um per�odo de nove anos. A constru��o da Abreu e Lima (Rnest) foi um projeto idealizado pelo ex-diretor de abastecimento da petroleira, Paulo Roberto Costa, primeiro delator do esquema de corrup��o da estatal.

Localizada no Porto de Suape, a 45 quil�metros do Recife, a Rnest tem capacidade para processar 130 mil barris de petr�leo por dia, ou 5% da necessidade de derivados do Pa�s. Seu principal produto � o diesel com baixo teor de enxofre, combust�vel hoje importado pelo Brasil.

Na lista, tamb�m est� a primeira refinaria constru�da no Pa�s, Landulpho Alves, erguida na Bahia, em 1950. Com a venda da unidade, a Petrobr�s praticamente se retira do mercado de refino do Nordeste, apesar de definir a regi�o como um dos mais r�pidos crescimento no consumo de combust�veis no Pa�s. Fica apenas a pequena refinaria de Clara Camar�o (RN).

Na regi�o Sul, a Petrobr�s colocou � venda duas refinarias. Uma no Paran� (Presidente Get�lio Vargas/Repar) e outra no Rio Grande do Sul (Alberto Pasqualini/Refap). "O Sul apresenta um dos mercados de derivados de petr�leo mais maduros do Pa�s, com previs�o de crescimento est�vel da demanda nos pr�ximos anos", afirma a Petrobr�s, na propaganda de venda.

A companhia quer ainda, em uma segunda fase sem data marcada, se desfazer de outras quatro refinarias (veja ao lado).

Perspectivas

Na v�spera do an�ncio, o presidente da Petrobr�s, Roberto Castello Branco, justificou a venda das refinarias pelo baixo retorno da �rea em compara��o ao da produ��o de petr�leo e g�s natural. Al�m disso, disse que, pelo menos uma das refinarias ser� vendida at� o fim do ano.

Com a estatal por�m ficar�o as chamadas "joias da coroa": as refinarias localizadas na regi�o Sudeste. Al�m da maior do Pa�s, em Paul�nia (SP), que tem capacidade para refinar 434 mil barris por dia, ficaram de fora da venda outras unidades instaladas no Estado: Refinaria Capuava (Recap), em Mau�; Presidente Bernardes, em Cubat�o; e a Henrique Lage (Revap), em S�o Jos� dos Campos. A Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, tamb�m ir� permanecer com a companhia.

Em evento realizado ontem na FGV, Roberto Ardenghy, diretor de Relacionamento Institucional da companhia, afirmou que o modelo de vendas pretende evitar a transfer�ncia do monop�lio para o setor privado. "Seria inadmiss�vel."

Segundo ele, tr�s segmentos dever�o se interessar pelos ativos: distribuidoras, operadoras tradicionais de refinaria globais e um segmento novo de prestadoras de servi�os.

Tamb�m presente no evento da FGV, o ex-ministro de Minas e Energia Fernando Coelho disse que as refinarias da Petrobr�s s�o muito antigas e n�o devem atrair as grandes petroleiras. "As refinarias valem para a Petrobr�s o que n�o vale para mais ningu�m", disse, referindo-se ao valor de venda.

Os petroleiros n�o gostaram do an�ncio. "Dizer que os pre�os dos derivados v�o baixar com a venda das refinarias � mais uma not�cia falsa do governo", disse Jos� Maria Rangel, coordenador da Federa��o �nica dos Petroleiros (FUP). "O Castello Branco mente quando usa esse tipo de argumento para defender sua pol�tica de esfacelamento da companhia." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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