
S�o Paulo – Furnas confirmou ontem a assinatura do contrato para a constru��o de suas primeiras usinas solares (ou fotovoltaicas). Ser� a primeira vez que a companhia entrar� no chamado autoconsumo remoto de gera��o distribu�da – essa energia ser� para consumo pr�prio. O projeto contar� com tr�s usinas fotovoltaicas de potencial nominal de 1 MW cada. Elas s�o constru�das em �reas pr�xima � UHE Anta, no rio Para�ba do Sul – divisa entre Minas Gerais e Rio de Janeiro.
RETORNO R�PIDO
As usinas de energia solar ser�o instaladas em uma �rea que faz parte da concess�o da Light. Como o custo de conex�o entre o parque solar e a Light � baixo, a expectativa � de um retorno r�pido. O investimento ser� de R$ 11,160 milh�es e c�lculos apontam que esse recurso estar� pago depois de cinco anos de opera��o da nova modalidade de produ��o de energia.
Mas o plano de Furnas � bem mais ambicioso do que o anunciado ontem, como conta Rodrigo Calixto, superintendente de empreendimentos de gera��o de Furnas.
Segundo Calixto, o objetivo � ampliar o projeto de gera��o de energia solar para atender outras �reas de Furnas. “J� temos um projeto para uma segunda planta no interior do Rio de Janeiro, em uma �rea de atua��o da Enel. Depois a ideia � expandir a gera��o fotovoltaica para Minas Gerais, S�o Paulo e demais �reas onde atuamos. Queremos zerar a conta de luz nas unidades de Furnas”, explica o executivo.
Segundo Calixto, o objetivo � ampliar o projeto de gera��o de energia solar para atender outras �reas de Furnas. “J� temos um projeto para uma segunda planta no interior do Rio de Janeiro, em uma �rea de atua��o da Enel. Depois a ideia � expandir a gera��o fotovoltaica para Minas Gerais, S�o Paulo e demais �reas onde atuamos. Queremos zerar a conta de luz nas unidades de Furnas”, explica o executivo.
PROJETOS ESTADUAIS
Para zerar toda a conta no escrit�rio central, seria necess�rio produzir entre 8MW e 9MW. Mas para alcan�ar o objetivo de abranger toda a opera��o, ser� necess�rio produzir entre 13MW e 14MW, incluindo as concession�rias. A estrat�gia da companhia � fazer projetos espec�ficos de gera��o de energia fotovoltaica para cada estado onde furnas est� presente. “Dependendo das aprova��es, esperamos que nos pr�ximos dois a tr�s anos estejamos com as contas de energia zeradas”, afirma Calixto.
Apesar de a �rea de abrang�ncia de Furnas ser grande, o executivo garante que h� dinheiro em caixa para tirar os projetos do papel. Isso porque, segundo ele, o investimento em cada unidade fotovoltaica n�o � t�o elevado.
EM ESTUDO
Atualmente, h� tr�s estudos em andamento para se verificar a viabilidade dos projetos de energia fotovoltaica. Em uma etapa seguinte, ser� preciso ter a aprova��o para execu��o entre Furnas e Eletrobras. O in�cio da constru��o est� previsto para acontecer a partir de 2021, segundo o desenho feito para o projeto. “Estamos iniciando com uma usina pequena, mas � uma experi�ncia nova, um piloto muito importante para balizar o que vir� por a�”, conta o executivo.
Calixto explica a raz�o de Furnas ter decidido agora se aproximar da gera��o fotovoltaica. Segundo o executivo, essa foi uma forma de ganhar experi�ncia em uma modalidade onde a companhia ainda n�o atua. “Historicamente, atuamos com hidrel�tricas e j� tivemos experi�ncia em e�licas.
Agora, o futuro sinaliza que boa parte da expans�o do setor el�trico vai ser por meio da energia solar. Os planos decenais indicam essa tend�ncia e os leil�es t�m registrado um grande n�mero de projetos inscritos de energia fotovoltaica”, detalha.
Agora, o futuro sinaliza que boa parte da expans�o do setor el�trico vai ser por meio da energia solar. Os planos decenais indicam essa tend�ncia e os leil�es t�m registrado um grande n�mero de projetos inscritos de energia fotovoltaica”, detalha.
No entanto, o executivo pondera que a energia fotovoltaica n�o est� na base do neg�cio, mas se posiciona como uma fonte complementar.
CONS�RIO RESPONS�VEL
A obra desse primeiro projeto ser� executada pelo cons�rcio Kyo-Green, do qual fazem parte a Kyoservice e a Solergy. A licita��o foi vencida com um des�gio de cerca de 20% em rela��o ao valor or�ado. Esse projeto foi a primeira concorr�ncia de Furnas segundo o modelo de contrata��o integrada, prevista na lei 13.303/2016. Segundo o texto, o cons�rcio vencedor ser� respons�vel pela execu��o completa, desde a fase de projeto b�sico at� o t�rmino da obra e in�cio da opera��o comercial.
Furnas � uma empresa de economia mista federal, tem capital fechado e seu controle est� nas m�os da Eletrobras. Sua atua��o se divide entre gera��o, transmiss�o e comercializa��o de energia el�trica. Hoje a companhia atua em 16 estados e no Distrito Federal. Seu sistema � composto por 21 usinas hidrel�tricas e 2 termel�tricas – pr�prias e em parceria com outras empresas. Ao todo, sua opera��o conta com cerca de 29 mil quil�metros de linhas de transmiss�o e 75 subesta��es.
E�lica avan�a aos poucos
Al�m da produ��o fotovoltaica, Furnas est� investindo na �rea de energia e�lica. Em maio do ano passado, a Brasil Ventos, subsidi�ria de Furnas, assinou um contrato com a empresa germ�nico-espanhola Nordex-Acciona, vencedora da concorr�ncia p�blica para o Complexo E�lico de Fortim, no Cear�.
O parque e�lico ter� uma pot�ncia instalada de 123 MW e a previs�o � que o in�cio da opera��o comercial aconte�a ainda neste ano, provavelmente em novembro. Segundo Calixto, os projetos em carteira somam de 400MW a 500MW. Furnas, diz O superintendente de empreendimentos de gera��o, Rodrigo Calixto, tem outros projetos na �rea de e�lica, mas ainda em avalia��o.
O contrato com a Nordex-Acciona � de R$ 450 milh�es e prev� a dura��o de cinco anos e inclui produ��o, testes na unidade, transporte, seguros, montagem e comissionamento de aerogeradores e sistemas associados, al�m de opera��o e manuten��o.
O Complexo E�lico Fortim deveria estar em opera��o h� cerca de tr�s anos, conforme previa o leil�o realizado em 2011. As turbinas e�licas seriam contratadas junto � empresa argentina Impsa, mas foi necess�rio rever todo o neg�cio depois de a fornecedora entrar em processo de recupera��o judicial.
Segundo o projeto, o Complexo E�lico Fortim est� previsto para ocupar uma �rea de cerca de 2.365 hectares. A m�dia da velocidade do vento, entre 6,60 m/s e 8,10 m/s, ao longo do ano, � considerada boa. Quando estiver conclu�do, ele ser� composto por 5 parques, com um total de 72 aerogeradores e 115,2 MW de pot�ncia nominal.
Em outra frente de trabalho, o Laborat�rio de Aerodin�mica Aplicada de Furnas, instalado em Aparecida de Goi�nia (GO), vem desenvolvendo um projeto para a constru��o de torres e�licas. Com as pesquisas, o objetivo � instalar torres e�licas mais baixas e que contem com geradores de menor porte, que servir�o para abastecer de energia regi�es afastadas do pa�s.