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Estado de Minas

Acordo entre Mercosul e UE abre caminho para a ind�stria t�xtil brasileira

Ramo da ind�stria deve ser um dos beneficiados pelo tratado, e j� trabalha com previs�o para elevar as vendas ao exterior. �rea de fibras naturais � uma das mais competitivas


postado em 04/07/2019 06:00 / atualizado em 04/07/2019 08:05

Setor têxtil esperava pelas condições negociadas há 20 anos (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press 25/11/20 )
Setor t�xtil esperava pelas condi��es negociadas h� 20 anos (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press 25/11/20 )
O acordo de livre com�rcio firmado entre o Mercosul e a Uni�o Europeia (UE) ser� ben�fico para a ind�stria t�xtil, que comemorou o tratado, discutido h� cerca de 20 anos, e v� nele possibilidades de melhoria para o setor no Brasil e no mundo. A avalia��o � do empres�rio Josu� Gomes da Silva, presidente do Grupo Coteminas, um dos principais conglomerados t�xteis do Brasil.

“Esse acordo traz perspectivas muito positivas a m�dio longo prazo”, afirma Gomes da Silva, ex-presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria T�xtil (Abit) e do The International Textile Manufacturer Federation (ITMF), entidade que representa fabricantes mundiais da cadeia t�xtil. “Temos que comemorar".

O setor t�xtil foi um dos primeiros setores da ind�stria a apoiar e trabalhar por esse acordo que agora, finalmente, foi assinado”, afirmou o empres�rio. Ele disse que o segmento iniciou a luta pelo acordo de livre com�rcio entre pa�ses do Mercosul e a Uni�o Europeia h� 20 anos.

“(A assinatura do acordo) foi uma vit�ria para a �rea t�xtil e para v�rios outros setores industriais, para a agroind�stria e para a economia nacional”, enfatizou o presidente do Grupo Coteminas. Josu� Gomes da Silva destacou que, ao trazer impactos para a produ��o t�xtil de forma global, o acordo comercial entre os representantes do Mercosul e da Uni�o Europeia ter� reflexos praticamente em todo o mundo.

“N�s estamos falando de uma �rea que representa 25% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, de uma popula��o de mais de 750 milh�es de pessoas (nos dois blocos comerciais)”, destacou. Ele lembrou ainda que o setor t�xtil brasileiro, e, sobretudo, a �rea de fibras naturais, � muito competitiva. Por isso, acredita n�o haver d�vidas de que a produ��o t�xtil nacional s� tem a crescer a partir do acordo Mercosul/Uni�o Europeia.

O acordo dos dois blocos comerciais remover�, gradualmente, as tarifas aduaneiras de 92% dos bens exportados pelo Mercosul para a UE e de 91% dos produtos exportados da UE para o Mercosul. A negocia��o prev� que em 10 anos as tarifas de importa��o e exporta��o sejam zeradas, e o restante das exporta��es ter� acesso preferencial por meio de cotas exclusivas e redu��es parciais de tarifas.

O empres�rio foi homenageado ontem com a Medalha de Honra de Montes Claros, maior comenda da C�mara de Vereadores local, entregue, anualmente, no dia 3 de julho, quando se comemora o anivers�rio da cidade. O Grupo Coteminas foi fundado em Montes Claros, onde conta com tr�s unidades fabris.

Josu� Gomes da Silva anunciou que o grupo est� ampliando suas atividades no munic�pio, onde, recentemente, decidiu pela contrata��o de mais 400 trabalhadores. A Coteminas negociou com o governo municipal a transfer�ncia da sede da prefeitura de Montes Claros para uma das antigas unidades do grupo na cidade, situada perto do aeroporto local.

Filho do ex-presidente e fundador da Coteminas, Jos� Alencar, Josu� disse apostar na recupera��o da economia nacional e defendeu as reformas no pa�s.

“O Brasil � um pa�s que est� enfrentando os desafios. Precisamos da simplifica��o e do aprimoramento da legisla��o. Precisamos de infraestrutura – para que seja melhor e mais competitivas. Precisamos de seguran�a jur�dica. Precisos de custo de capital compat�vel com as atividades produtivas”, afirmou o presidente da Coteminas.

Vinhos 


A ministra da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento, Tereza Cristina, confirmou que o setor de vinhos e espumantes receber� ajuda do governo nos pr�ximos anos devido ao acordo entre Mercosul e Uni�o Europeia.

“Tem um esfor�o internamente para que esse setor receba ajuda e assim possa se modernizar. Vamos ter a cria��o de um fundo para investir em produ��o e moderniza��o do setor”, afirmou a ministra em coletiva de imprensa.

De acordo com a ministra, os recursos do vinho nacional e do importado vir�o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do imposto sobre a produ��o local.

Eventualmente, o setor poder� receber recursos da Uni�o. “Se entrarem 1vmil garrafas de vinho, o IPI sobre essas garrafas ir� para o fundo e o que se paga internamente de IPI tamb�m vai para o fundo”, afirmou Tereza Cristina.

“Isso deve entrar em vigor o mais r�pido poss�vel”, defendeu a ministra. O embaixador Orlando Ribeiro disse que n�o h� um valor fechado para o fundo, porque se trata de um “fluxo”.

“A gente calcula que seja bom algo em torno de R$ 150 milh�es por ano para poder trabalhar e dar musculatura ao setor”, disse o embaixador. Os vinhos ter�o um per�odo de oito anos de desgrava��o, segundo o acordo. 

Precau��o 


A ministra Tereza Cristina admitiu que a inclus�o do “princ�pio de precau��o” no cap�tulo de desenvolvimento sustent�vel do acordo entre Mercosul e Uni�o Europeia pode ter impacto para os produtores rurais brasileiros, mas pondera que, na pr�tica, “isso n�o muda nada” devido a regras j� existentes no pa�s.

Ela tamb�m destacou como ponto positivo o fato de o princ�pio n�o ter sido inclu�do no cap�tulo que trata de quest�es sanit�rias e fitossanit�rias, uma demanda dos europeus que ficou fora do acordo.

“Colocamos v�rias garantias para que isso (princ�pio de precau��o) n�o fosse usado politicamente, mas � claro que pode impactar sim. Acho que n�o muda nada para n�s porque onde a produ��o est�, ela tem que estar legalizada, em propriedades que estejam dentro do nosso C�digo Florestal”, declarou.


enquanto isso...

...BR Distribuidora busca R$ 9,3 bilh�es



A BR Distribuidora publicou ontem aviso ao mercado financeiro a respeito da oferta de a��es na qual a vendedora � a Petrobras. Ser�o colocadas para atrair investidores de 25% a 33,75% da participa��o detida pela Petrobras na distribuidora de combust�veis. A quantidade inicial de a��es na oferta, que ocorre no Brasil e com esfor�os no exterior, � de 291.250.000 a��es ordin�rias, com op��o de lote adicional de 20% e suplementar de 15%.

Se exercidos totalmente, ao pre�o do fechamento da a��o no preg�o de ter�a-feira, de R$ 23,60, a opera��o pode movimentar cerca de R$ 9,27 bilh�es. Pessoas f�sicas podem participar no �mbito da oferta de a��es na opera��o de varejo, com no m�nimo 10% e, a crit�rio dos coordenadores da oferta e do acionista vendedor, no m�ximo, 20% do total das a��es, com pedidos de investimento de R$ 1 mil (m�nimo) at� R$ 1 milh�o (m�ximo).

O per�odo de reserva come�a dia 10 e se encerra no dia 22. O pre�o da a��o ser� definido no dia 23, com o fechamento do procedimento de coleta de inten��es de investimento, o chamado bookbuilding, iniciado ontem.
 
A previs�o de obter o registro da oferta pela Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) � no dia 24, seguido pelo in�cio das negocia��es das a��es prevista na oferta na B3 (a antiga Bolsa de Valores de S�o Paulo) no dia 25 e a liquida��o, dia 26. 


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