O desaquecimento da economia est� afetando o desempenho das g�ndolas do varejo em Minas Gerais. As vendas dos supermercados mineiros ficaram praticamente est�veis em maio, com crescimento de 0,14% em rela��o a abril. Sobre maio do ano passado, quando a greve dos caminhoneiros provocou uma corrida �s redes de varejo nos �ltimos dias do m�s, as vendas cresceram 1,01%. No ano, o crescimento acumulado em rela��o aos cinco primeiros meses de 2018 � de 1,88%, segundo o Term�metro de Vendas da Associa��o Mineira dos Supermercados (Amis), divulgado ontem. Os n�meros das vendas, em valor, descontam a infla��o do IPCA/IBGE.
Embora no acumulado do ano o desempenho seja positivo, houve queda em janeiro (-19,54%), fevereiro (-2,58%) e abril (-4,93%) e crescimento apenas em mar�o (1,10%), al�m da pequena alta de maio. Apesar do vaiv�m dos n�meros at� agora, a Amis mant�m a proje��o de crescimento de 4% nas vendas este ano. “N�s esperamos que a economia tenha uma sacudida com a aprova��o da reforma da Previd�ncia e o segundo semestre � sempre melhor que o primeiro para n�s”, afirmou ontem o superintendente da Amis, Ant�nio Claret Nametala. “Esperamos que a economia entre em uma curva ascendente”, acrescentou o executivo.
Ainda de acordo com ele, as vendas este ano est�o menos aquecidas do que nos cinco primeiros meses do ano passado, quando a alta foi de 2,63%. “Em maio passado n�s tivemos uma venda acima do esperado com o medo do desabastecimento provocando uma corrida aos supermercados”, observa Claret. Na compara��o de um m�s com o mesmo do ano anterior, maio teve o pior desempenho dos �ltimos cinco meses, atr�s de mar�o (1,27%) e fevereiro (-1,13%). O melhor desempenho nessa base de compara��o foi registrado em abril, com crescimento de 3,21%.
Na distribui��o regional, segundo a Amis, houve queda em tr�s e crescimento das vendas em quatro, com destaque para a Regi�o Central, com expans�o de 0,74% em maio com rela��o a abril, enquanto a maior retra��o, de 0,78%, registrada na Zona da Mata. “A Zona da Mata � raro puxar para baixo e agora, com in�cio da colheita do caf�, a tend�ncia � de recupera��o l� e no Alto Parana�ba”, afirmou o superintender da Amis.
EM NOTA A entidade informou que em �mbito regional “destaca-se a recupera��o de regi�es que j� vinham sinalizando essa tend�ncia, como Norte de Minas e a regi�o do Rio Doce/Mucuri/HJequitinhonha. Por outro lado, o Tri�ngulo/Alto Parana�ba e a Zona da Mata, que sempre puxam a m�dia para cima, foram as regi�es com maior queda”. Esse desempenho mostra, de acordo com a Amis, a dificuldade de manter o crescimento de vendas num ambiente desfavor�vel.
Apesar disso e de reconhecer que a gera��o de emprego n�o reage, Claret diz que as proje��es do setor n�o foram alteradas. A previs�o para este ano, al�m do crescimento nas vendas, � de investimentos de R$ 520 milh�es na abertura de 70 lojas, com a gera��o de 7.300 empregos. “Essa proje��o se mant�m. Essa semana mesmo n�s tivemos inaugura��es em BH e Uberl�ndia”, informou o superintendente da Amis.