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Estado de Minas

Ita� amplia investimento solar no interior de Minas

Com uma nova usina em MG, o banco mais do que duplicar� a produ��o desse tipo de energia limpa, o suficiente para abater o consumo de 45% das ag�ncias no estado


postado em 18/07/2019 04:06 / atualizado em 12/08/2019 18:35

Agências do Itaú em Minas que utilizem baixa tensão poderão ter a energia gerada pelo banco descontada na conta (foto: SM2Fotografia/Itaú/Divulgação)
Ag�ncias do Ita� em Minas que utilizem baixa tens�o poder�o ter a energia gerada pelo banco descontada na conta (foto: SM2Fotografia/Ita�/Divulga��o)

S�o Paulo – Entre as fontes de energia renov�vel, a solar tem se mostrado uma das mais atraentes no Brasil. Dados da Associa��o Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que o pa�s conta com cerca de 2.000 megawatts (MW) em usinas de gera��o j� em opera��o – o equivalente para atender � necessidade de consumo de aproximadamente 3 milh�es de pessoas.

De 2014 at� agora, ainda segundo a entidade, os investimentos privados ultrapassaram os R$ 10 bilh�es. Novos projetos, com conclus�o prevista at� 2022, devem adicionar outros 1.700MW, ou seja, a energia a partir dessa fonte praticamente vai dobrar dentro de tr�s anos.

O Ita� Unibanco decidiu estudar de perto o assunto e agora vem ampliando seus projetos na �rea por meio da gera��o distribu�da de energia solar. O banco tem cerca de 400 ag�ncias em Minas Gerais – em parte por conta da aquisi��o do mineiro Bemge, em 1998 – e come�ou por esse estado seus investimentos. Primeiro, por meio do arrendamento de parte de uma fazenda solar em Ja�ba, pertencente � GreenYellow. Agora, passa a arrendar 100% de uma nova fazenda, em Bras�lia de Minas.

Francisco Vieira, diretor do Ita� Unibanco, conta que o modelo adotado � o da gera��o distribu�da. A fazenda produz energia el�trica a partir da capta��o e da convers�o da fonte solar e “joga” no sistema de distribui��o da Cemig.

O banco come�ou arrendando parte da fazenda solar, que atende  outros clientes, com produ��o de 1MW, passando a 2MW no in�cio do ano. De janeiro a maio, a economia foi de 9% em gastos com energia nas ag�ncias e a compensa��o de consumo de energia chegou a 30%.

Projeto

O Ita� encomendou um novo projeto para a GV Solar, dona da unidade de Ja�ba, e passa a ser o �nico a arrendar a nova usina, com capacidade total de 5MW. Assim que for conclu�da a interliga��o da fazenda solar com a rede da Cemig, a energia passa a ser disponibilizada. Ser� o suficiente para abater o consumo de cerca de 200 ag�ncias, em 133 cidades – ou seja, praticamente a metade (45%) das unidades banc�rias que o Ita� tem em Minas. De acordo com Vieira, o banco poder� negociar com a GV Solar e usar das duas usinas. Isso vai depender da disponibilidade da empresa e se houver ag�ncias de baixa tens�o para consumir.

“O desconto dado pela Cemig na conta � proporcional � energia gerada. Nesse caso, � usada apenas a baixa tens�o. Mas a motiva��o n�o � financeira e sim o fato de ser uma fonte renov�vel. Queremos dar o exemplo como grande empresa. Por outro lado, esse investimento serve como seguro tarif�rio e d� maior previsibilidade quanto a poss�veis aumentos na conta”, explica Vieira.

At� 2020, o Ita� Unibanco estuda ampliar o projeto em Minas Gerais. Agora, h� estudos avan�ados para a ado��o de energia solar no estado de S�o Paulo e uma pesquisa ainda inicial para expandir tamb�m para o Rio de Janeiro.

Internet das coisas chega a duas usinas mineiras

Com mais clientes corporativos, como o Ita�, buscando formas de ampliar o abastecimento por meio de fontes renov�veis, tamb�m a ind�stria de componentes e equipamentos aproveita a boa fase para a prospec��o de novos neg�cios.

A ABB, que recentemente vendeu o neg�cio de inversores solares para a italiana Fimer S.p.A., em um acordo que dever� ser conclu�do no primeiro trimestre de 2020, tem buscado ganhar mercado com a oferta de novos produtos nessa �rea. A multinacional passou a trabalhar no in�cio do ano com o modelo de inversor do tipo string, explica Marcel Serafim, diretor de Business Line Smart Power.

O inversor � respons�vel por captar a tens�o de corrente cont�nua das placas das fazendas de energia solar e convert�-la para uma corrente alternada, a mesma usada nas resid�ncias. S�o componentes do tamanho de uma geladeira, posicionados pr�ximos a um conjunto de placas – que t�m um componente qu�mico que, ao receber o raio UV, o transforma em tens�o.

Essa tecnologia do inversor tipo string, que ocupa 30% menos espa�o em rela��o ao componente tradicional, permite que as fazendas de energia solar trabalhem com recursos dispon�veis na internet das coisas (IoT, na sigla em ingl�s). Entre os ganhos, segundo Serafim, est�o a possibilidade de fazer o controle da planta a dist�ncia, reduzindo o custo de servi�o, de atendimento de emerg�ncia, al�m de permitir que as necessidades das usinas sejam antecipadas.

“Isso tudo permite uma redu��o de custos estimada em pelo menos 15%, contando com m�o de obra e o tempo que a usina tem de ficar parada para reparo”, avalia o executivo. 

Inversores

Os primeiros projetos no Brasil – desenvolvidos pela Prosys Engenharia – a adotar os inversores string da ABB tamb�m s�o em Minas. A central geradora fotovoltaica, a UFV Vale Formoso e a UFV Parais�polis, s�o usinas solares de 5MW e 2MW, respectivamente. As duas plantas devem estar conclu�das no �ltimo trimestre deste ano.

Segundo o executivo, hoje, no Brasil, h� por volta de 16 mil inversores da ABB, de gera��es anteriores, instalados em sistemas de energia solar. Serafim acredita que ser� poss�vel avan�ar n�o apenas com neg�cios gerados a partir de novas fazendas solares, mas tamb�m na troca de inversores instalados nos projetos de atualiza��o de planta. “Como as garantias dos nossos equipamentos s�o longas, vai levar um tempo para o per�odo de transi��o. Mas alguns clientes est�o pedindo levantamento sobre atualiza��o desses equipamentos.”

Por isso, Serafim acredita mesmo que as vendas do inversor tipo string dever�o deslanchar com o crescimento das fazendas de energia solar no pa�s. “� uma fonte limpa e um m�todo mais barato de gera��o. Sem diferen�a substancial no pre�o, mas na tecnologia e no desempenho.” (PP)

Energia renov�vel: falta ao Brasil adotar metas


O Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) divulgou, no fim de junho, o parecer de uma auditoria feita pelo �rg�o para avaliar as pol�ticas p�blicas relacionadas ao uso de fontes renov�veis na matriz el�trica brasileira, o cumprimento de compromissos internacionais referendados pelo Brasil e as diretrizes governamentais para a �rea.

Entre os problemas identificados pelo TCU est�o a falta de uma avalia��o dos resultados dos incentivos �s fontes renov�veis, a inexist�ncia de metas que obrigatoriamente devem ser cumpridas, al�m da aus�ncia de diretrizes claras sobre os rumos tanto para a mini quanto para a microgera��o distribu�da (mGD) no Brasil.

Ainda segundo o tribunal, os leil�es t�m se mostrado “instrumentos adequados para a expans�o das energias renov�veis na matriz el�trica brasileira”, escreveu o ministro-relator Aroldo Cedraz – que dever� ter o pedido de afastamento do cargo julgado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em 6 de agosto, por suspeita de tr�fico de influ�ncia e recebimento de propina em obras da usina de Angra 3.

De acordo com o TCU, o aumento do uso de fontes renov�veis no Brasil est� condicionado � queda dos custos das novas tecnologias, al�m do aumento da concorr�ncia. S�o a��es que poderiam contar com iniciativas do governo, informa o relat�rio. O problema, por�m, est� no fato de haver falta de crit�rios suficientes para a defini��o das fontes a serem ofertadas nos leil�es, por parte do Minist�rio de Minas e Energia.

Incentivos 


A recomenda��o do relat�rio, feito a partir do trabalho da Secretaria de Fiscaliza��o de Infraestrutura de Energia El�trica (SeinfraEl�trica), unidade t�cnica do TCU, � para que as pol�ticas que incentivem as fontes renov�veis de energia combinem subs�dios, pol�tica dos leil�es de energia nova e planejamento da expans�o da gera��o, al�m de outros incentivos indiretos.

Esse trabalho, coordenado pelo TCU, faz parte de um projeto-piloto de auditoria internacional, na esfera da Organiza��o Latino-Americana e do Caribe de Entidades Fiscalizadoras Superiores (Olacefs), com a participa��o das entidades fiscalizadoras superiores (EFS) do Chile, Col�mbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, M�xico, Nicar�gua, Paraguai e Venezuela. (PP)



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