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Estado de Minas ECONOMIA

Risco volta ao n�vel de quando pa�s tinha selo de bom pagador


postado em 20/07/2019 11:30

Com a aprova��o da reforma da Previd�ncia em primeiro turno na C�mara dos Deputados e a previs�o de que o texto passe em segundo turno sem dificuldades, a percep��o de risco do investidor internacional sobre o Brasil caiu para o menor patamar em quase cinco anos. O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, esp�cie de term�metro do risco pa�s, era negociado ontem em 128 pontos, patamar que n�o era registrado desde setembro de 2014 - quando o Brasil era classificado como grau de investimento pelas ag�ncias de rating.

Al�m do avan�o na reforma previdenci�ria, contribuiu para a redu��o do risco pa�s o cen�rio de um mercado internacional mais calmo, com a perspectiva de queda do juro nos Estados Unidos e na Europa. A avalia��o do mercado � que o risco de uma crise fiscal diminuiu, ao mesmo tempo em que reduziu a chance de haver uma fuga de recursos para os EUA - o que seria prov�vel caso o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) elevasse os juros, como considerava fazer no in�cio do ano.

"O cen�rio para os emergentes � melhor agora. O d�lar n�o vai se apreciar tanto, o que ajuda esses pa�ses. E, uma vez aprovada a reforma, abre um caminho para outras coisas (reformas) andarem. Podemos come�ar um c�rculo virtuoso", disse o chefe de economia e estrat�gia do Bank of America Merrill Lynch no Brasil, David Beker.

Para o economista Leonardo Porto, do Citi, a aprova��o da reforma da Previd�ncia num momento de virada no ambiente externo pode colocar o Brasil numa posi��o privilegiada. Com a prov�vel queda do juro americano, a liquidez mundial deve aumentar e os investidores ter�o de buscar alternativas. "Esse � o melhor dos mundos para os emergentes, especialmente para o Brasil", diz Porto.

Ele destaca que a reforma � importante para ancorar as expectativas das contas p�blicas, uma condi��o necess�ria para o crescimento. "Mas n�o � uma panaceia", destaca. Para convencer os investidores estrangeiros, o Brasil ainda precisa dar sinais de que outras agendas ser�o implementadas.

O economista-chefe do Goldman Sachs para a Am�rica Latina, Alberto Ramos, ressalta, por�m, que a aprova��o da reforma em primeiro turno, com um n�mero maior de votos do que o previsto, n�o garante que outros textos passar�o com facilidade. "Foi feito um trabalho (de articula��o pol�tica) pela Previd�ncia. A base para outras reformas n�o est� t�o clara", diz.

Na lista de melhorias necess�rias est�o medidas para facilitar o ambiente de neg�cios, reduzir a burocracia e aumentar a produtividade. Tem ainda a reforma tribut�ria, diz o economista-chefe do Ita�, Mario Mesquita. Na avalia��o dele, se o Pa�s conseguir dar andamento a essas mudan�as, ter� vantagem em rela��o aos demais emergentes. "Al�m da agenda de reformas do Brasil ser bem vista pelos estrangeiros, os desafios dos outros emergentes s�o mais intensos. Portanto, o Pa�s pode ser beneficiado."

A queda do CDS do Brasil tem sido uma das mais r�pidas entre os emergentes. Em maio, o CDS brasileiro chegou a encostar em 200 pontos, em meio a ru�dos entre o Planalto e o Congresso e ao estresse no mercado internacional com a tens�o entre China e EUA. H� um ano, as taxas superaram 300 pontos.

Quando a Previd�ncia come�ou a avan�ar no Congresso, em junho, as taxas passaram a cair rapidamente. O Brasil hoje tem CDS perto do M�xico (115 pontos), pa�s classificado como grau de investimento. Mas a taxa brasileira ainda est� alta em rela��o a outras economias, como o Chile (36 pontos) e Col�mbia (84 pontos). A exce��o � a Argentina, que em meio � crise econ�mica e tens�o eleitoral, tem taxa perto de 900 pontos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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