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Estado de Minas ECONOMIA

Empres�rios querem um acordo 'gradual' de livre-com�rcio


postado em 28/07/2019 11:04

A agenda do secret�rio de Com�rcio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, no Brasil nesta semana ser� dividida entre a pauta com o governo brasileiro e os encontros com a comunidade empresarial. Nos dois grupos, um assunto vir� � tona: a possibilidade de negocia��o de um acordo de livre-com�rcio com o Brasil. Na primeira parada, em S�o Paulo, Ross ser� confrontado com o pedido dos empres�rios pelo avan�o em uma negocia��o "gradual".

O acordo � listado em primeiro lugar entre as propostas que a Amcham (C�mara Americana de Com�rcio) pretende entregar a Ross no documento "Brasil-EUA: 10 Propostas para uma Parceria Mais Ambiciosa". Mas a aposta dos empres�rios � em um avan�o realista, com discuss�es sobre temas que n�o envolvam tarifas e, portanto, n�o precisem ser combinados entre todo o Mercosul. Negociar sem debater temas tarif�rios tamb�m � uma forma de abrir portas com o governo Donald Trump, que nos �ltimos dois anos j� se retirou ou renegociou acordos de livre-com�rcio, como o TPP e o Nafta.

"Qualquer negocia��o de livre-com�rcio � um exerc�cio de m�dio e longo prazos. N�s temos exemplos de sucesso como o acordo com Chile, que tratou de in�meros temas menos a quest�o das tarifas. Isso foi um passo muito importante e que serve de inspira��o para que possamos fazer a mesma coisa com os EUA", afirma Deborah Vieitas, presidente da Amcham, em entrevista ao Estado. A Amcham estima que um acordo de livre-com�rcio com os EUA contribuiria para um aumento em at� 1,3% do PIB do Pa�s em 2030.

O ideal, diz ela, seria come�ar a negocia��o de medidas para reduzir burocracia, custo e prazo no com�rcio bilateral. "De qualquer forma s�o medidas que fariam parte no caso de uma assinatura de um acordo de livre-com�rcio. Significa que se avan�a onde � menos sens�vel, aplaina o terreno para uma pr�xima etapa", afirma.

Ross participar� do evento de cem anos da Amcham, que representa mais de 5 mil empresas brasileiras e americanas. A viagem do secret�rio � considerada um passo natural ap�s a visita do presidente Jair Bolsonaro a Donald Trump, em mar�o, quando os pa�ses concordaram em reduzir barreiras de com�rcio e investimentos - o que foi chamado de "parceria para a prosperidade" na declara��o conjunta.

Entre os outros nove itens da lista de propostas que a comunidade empresarial apresentar� a Ross, h� dois considerados de f�cil execu��o no curto prazo: um acordo para evitar a bitributa��o e a participa��o do Brasil no programa Global Entry, para facilitar a entrada de empres�rios nos EUA. No caso do programa de entrada "pr�-aprovada", Receita e Pol�cia Federal precisam concordar com a troca de dados com os EUA.

Na lista dos empres�rios est� ainda a continuidade do apoio dos americanos para a entrada do Brasil na OCDE e o avan�o de uma agenda bilateral em mecanismos como o f�rum de CEOs dos dois pa�ses, que foi reativado neste ano. Outros pontos do documento � a facilita��o de com�rcio - como o reconhecimento m�tuo de exportadores para agilizar tr�mite. O governo brasileiro esperava que fosse poss�vel avan�ar no reconhecimento m�tuo, que deve facilitar as opera��es aduaneiras, a tempo da visita de Bolsonaro a Washington, em mar�o, mas acabou frustrado.

A Amcham tamb�m pede coopera��o regulat�ria para aproximar exig�ncias dos dois pa�ses e convers�o do projeto piloto de an�lise acelerada de patentes em um acordo permanente.

Otimismo

O bom humor entre os dois governos, na avalia��o da presidente da Amcham, pode gerar resultados concretos. "Os sinais que temos recebido e interesse que temos constatado nos faz acreditar que dessa vez temos, sim, oportunidade de fazer diferente. A pr�pria negocia��o de um acordo comercial pode come�ar no curto prazo. O sucesso do acordo Mercosul-Uni�o Europeia pode ser chamado de estimulante para essa discuss�o. A vinda do secret�rio � uma demonstra��o de que n�s podemos seguir em frente nesse projeto de melhorar e ampliar a rela��o com os EUA", afirma Deborah.

Ross ter� reuni�es com os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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