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Estado de Minas ECONOMIA

Abimaq: 'Libera��o de FGTS � band aid para caso que requer quimioterapia'

Tomando como base a libera��o de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o e do PIS/Pasep no governo Temer, � sabido que metade dos recursos vai para pagar d�vidas


postado em 30/07/2019 16:17 / atualizado em 30/07/2019 17:02

(foto: Everton Amaro/Fiesp)
(foto: Everton Amaro/Fiesp)

No curto prazo o Brasil precisa aumentar os investimentos p�blicos para levar a economia � retomada do seu crescimento e n�o apenas aumentar o consumo, disse nesta ter�a-feira, 30, o diretor de Competitividade da Associa��o da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq), M�rio Bernardini.

Para ele, que faz quest�o de lembrar que o Brasil j� teve sua experi�ncia malsucedida no est�mulo � demanda apartada do investimento na oferta, liberar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS) � aplicar "um 'band aid' em um paciente cujo caso requer quimioterapia".

"N�o diria que o governo est� dando um tiro no p� ou cometendo um erro. Apenas que � insuficiente e se esgota em si mesmo", disse, acrescentando que o FGTS vai colocar no mercado R$ 20 bilh�es a R$ 25 bilh�es - o governo fala em R$ 30 bilh�es - que depois acabam.

Segundo Bernardini, tomando como base a libera��o de recursos do FGTS e do PIS/Pasep no governo Temer, � sabido que metade dos recursos vai para pagar d�vidas, o que � muito bom porque desalavanca as fam�lias, e que s� metade vai para o consumo.

"Essa parte que vai para o consumo � muito pouco. Acho que isso � um band aid para um caso que precisa de quimioterapia. E a quimioterapia, neste caso, � investimento p�blico em infraestrutura escolhendo aqueles setores que t�m mais conte�do em constru��o civil, que responde mais � fila do desemprego, e tocando as coisas que j� est�o prontas", afirmou Bernardini.

N�o � preciso inventar nada, de acordo com o diretor da Abimaq. De acordo com ele, tem um monte de obras que est�o come�adas e paradas e que basta o governo conclu�-las para elas darem efeitos. "A rela��o custo-benef�cio � favor�vel at� que durante um ano, um ano e meio se teria condi��es e um ambiente em que os investimentos privados internos e externos se sentissem confort�veis para come�arem a substituir o investimento p�blico", disse.

Para Bernardini, as duas coisas n�o s�o excludentes. Uma complementa a outra e neste momento a partida tem que ser dada pelo investimento p�blico.

De acordo com o diretor da Abimaq, a retomada de crescimento � mais importante no curto prazo do que as reformas a que o governo tem tanto se dedicado, j� que os impactos das reformas da Previd�ncia e tribut�ria s�o para o m�dio e longo prazo.

"Mas o governo precisa deixar a ideologia de lado e investir em infraestrutura. N�o faz por uma quest�o de sua ideologia liberal. Temos quase 30 mil obras iniciadas e n�o acabadas para concluir. N�o estamos pedindo para inventar coisas novas. � s� acabar as obras come�adas", reiterou.

O diretor da Abimaq diz que o que mais preocupa � o desemprego porque des�gua no aumento da viol�ncia. Para ele, do jeito que a situa��o se encontra a retomada do emprego n�o vir� antes de dois anos. E o Pa�s, segundo ele, n�o aguenta esperar mais dois anos com 13 milh�es de pessoas desempregadas. "O governo deveria deixar a ideologia de lado, abrir uma exce��o e promover investimentos p�blicos at� que os investimentos privados possam ser retomados", sugeriu.

A quest�o do desemprego no Brasil para Mario Bernardini � apavorante porque contribui cada vez mais para o aumento da criminalidade. Isso porque, de acordo com ele, o maior n�mero de desempregados est� entre os mais jovens. "Que esperan�a esse jovem tem? Vai ser adotado pelo tr�fico porque o traficante d� ao jovem um sal�rio. E o que o governo est� fazendo?", criticou Bernardini.


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