Bancos digitais e fintechs brasileiras est�o virando gente grande, em termos de aportes de investidores internacionais. Depois de o Nubank ter recebido US$ 400 milh�es (cerca de R$ 1,5 bilh�o) do fundo americano TCV, na semana passada, na �ltima ter�a-feira, 30, foi a vez do Banco Inter, da fam�lia Menin, colocar em caixa R$ 760 milh�es vindo de um �nico investidor, o grupo japon�s SoftBank, segundo apurou o �Estad�o/Broadcast�. Com isso, o Softbank ficar� com 8% do banco mineiro.
A inje��o de capital no Inter somou um valor total de R$ 1,24 bilh�o e foi feita por meio de uma nova emiss�o de a��es. Al�m do SoftBank, antigos investidores no Inter renovaram a aposta no banco digital. Do restante da emiss�o, R$ 300 milh�es em a��es ficaram com os acionistas da institui��o que exerceram o direito de prioridade na oferta e cerca de R$ 100 milh�es com o mercado. Ontem, as a��es do banco da fam�lia Menin, dona da construtora MRV, subiram quase 16%.
Em maio, a Coluna do Broadcast havia antecipado o interesse do SoftBank no neg�cio. O Inter informou ao mercado que as units (pacote de a��es) foram precificadas a R$ 39,99, sendo que cada unit � representada por uma a��o ordin�ria e duas preferenciais.
O desembolso do SoftBank foi crucial para o sucesso da oferta. O Banco Inter abriu seu capital em abril do ano passado e de l� para c� tem chamado aten��o pelo seu desempenho na Bolsa. Isso porque gestores de fundos j� vinham ampliando suas posi��es no ativo, antes da emiss�o. Nos �ltimos 12 meses, as a��es do Inter tiveram valoriza��o de 447%. Apenas em 2019, a alta foi de 144%.
Os bancos coordenadores da oferta foram o Bradesco BBI, Goldman Sachs, Banco BTG Pactual, JPMorgan Chase, Banco Santander e a Caixa Econ�mica Federal.
Latinas. O SoftBank tem mostrado apetite em fintechs no Brasil. Neste m�s, o grupo fez um aporte de valor semelhante, de US$ 231 milh�es, na Creditas, fintech de empr�stimos pessoais. Com os recursos, a startup pretende organizar sua expans�o pela Am�rica Latina.
O grupo japon�s, que tem um fundo de US$ 5 bilh�es para investir em startups latinas, tamb�m aplicou nas empresas de entrega Loggi e Rappi. Elas levantaram, respectivamente, US$ 150 milh�es e US$ 1 bilh�o com o SoftBank, liderado na regi�o pelo boliviano-americano Marcelo Claure. Quem tamb�m recebeu um aporte do grupo foi a Gympass, startup que oferece um "Netflix de academias" a clientes corporativos.
O Nubank tamb�m esteve na mira do grupo asi�tico, mas acabou anunciando, na �ltima sexta-feira, 26, aporte de US$ 400 milh�es liderado pelo TCV, fundo do Vale do Sil�cio que j� apostou em Facebook, Netflix, Spotify e Airbnb.
Pr�ximos passos. O Banco Inter vinha em busca de um parceiro estrangeiro para ser mais do que um banco digital, de olho em servi�os n�o financeiros, por meio do lan�amento de um super app. Em abril, o Inter recebeu autoriza��o do governo para a participa��o de estrangeiro em seu capital, o que vinha, at� ent�o, impedindo o banco mineiro de concretizar a parceria.
Turismo deve ser o primeiro segmento n�o financeiro no qual o banco deve investir. A entrada do Inter no segmento n�o financeiro � t�o relevante que Jo�o V�tor Menin, presidente do banco, tem dito que as pessoas ainda n�o entenderam a inten��o do banco com a abertura de capital. Procurado, o Inter n�o concedeu entrevista.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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