Comit� de investimentos do FI-FGTS decide n�o fazer desinvestimento na Alupar

O presidente do Comit� de Investimentos do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), Carlos Eduardo Abijaodi, afirmou nesta quarta-feira, 31, que a venda de participa��es do fundo na Alupar n�o foi aprovada em reuni�o desta quarta. "O comit� de investimentos do fundo decidiu n�o fazer o desinvestimento na Alupar", disse Abijaodi. A participa��o do FI-FGTS na Alupar, que atua no setor de gera��o e transmiss�o de energia, est� em torno de R$ 800 milh�es.

Dos 12 membros do comit�, 11 participaram da reuni�o, ocorrida na sede da Caixa Econ�mica Federal, em Bras�lia. Oito membros votaram a favor da opera��o e tr�s foram contr�rios. Para que o desinvestimento fosse feito, eram necess�rios nove votos. Os tr�s votos contr�rios � venda da participa��o foram dados pelos representantes dos trabalhadores no FI-FGTS. J� o membro do conselho que faltou � reuni�o era um dos representantes dos empregadores.

"Talvez em outro momento possamos aprovar", afirmou Abijaodi, explicando que o assunto pode voltar � pauta do comit� a qualquer momento. O comit� se re�ne sempre na �ltima quarta-feira de cada m�s. "Este (desinvestimento) da Alupar ficou para um per�odo posterior. Essa participa��o, de cerca de R$ 800 milh�es, tem dez anos e � um caso de sucesso. Pode ser que, colocando (em pauta) em outro momento, a gente possa modificar." Neste per�odo de dez anos, a Alupar gerou um retorno de 200% sobre o investimento inicial do fundo.

De acordo com Abijaodi, os membros do FI-FGTS que votaram contra a venda de participa��o n�o se mostraram convencidos de que este era o melhor momento para se desfazer do ativo.

Atualmente, a carteira total de ativos do fundo est� em R$ 32 bilh�es, sendo que h� investimentos em mais de 20 projetos - entre eles, a Alupar. Abijaodi afirma que existe uma situa��o de "maturidade" em muitos desses projetos e que, por isso, outros desinvestimentos podem ocorrer.

Ele pontuou, no entanto, que o interesse maior do FI-FGTS hoje � retomar os projetos de financiamento. "Temos R$ 7 bilh�es para aplicar atualmente. Temos que respeitar os setores que o FI-FGTS pode aplicar, que s�o os de saneamento, rodovias, ferrovias e portos - os de infraestrutura em geral", disse. "N�o podemos entrar em habita��o, em constru��o de casas."

Abijaodi afirmou ainda que na pr�xima reuni�o, no fim de agosto, o conselho vai aprovar uma chamada p�blica abrindo a possibilidade para apresenta��o de projetos a serem financiados. Ele lembrou ainda que o FI-FGTS n�o financia 100% dos projetos, mas at� 50%. "Quanto mais pudermos fazer este ano, melhor. Podemos chegar at� R$ 7 bilh�es, mas n�o esperamos preencher os R$ 7 bilh�es desta vez", acrescentou.

Abijaodi disse ainda que o prazo para apresenta��o dos projetos ser� de 45 dias e que o FI-FGTS pretende fazer roadshow em algumas cidades.