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Estado de Minas ECONOMIA

Queda de juros nos EUA pode ser sinal positivo para o Brasil


postado em 01/08/2019 07:05

Apesar de o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, n�o ter deixado claro se haver� ou n�o uma continuidade na redu��o da taxa de juros dos Estados Unidos, o corte anunciado na �ltima quarta-feira, 31, consolida uma onda de afrouxamento monet�rio global que beneficia pa�ses emergentes, como o Brasil.

A redu��o do juro americano em 0,25 ponto porcentual, para a faixa entre 2% e 2,25%, foi a primeira feita pelo Fed desde a crise de 2008. Tamb�m j� anunciaram recentemente cortes nos juros Uni�o Europeia, Austr�lia, Nova Zel�ndia, Chile, R�ssia, �ndia e Turquia, entre outros pa�ses - todos respondendo � desacelera��o da economia global e tentando aumentar a liquidez.

Ainda que a atividade esteja esfriando em todo o mundo, esse cen�rio � visto por economistas como mais positivo para o Brasil do que para uma economia global a pleno vapor, com o Fed aumentando os juros. Nesse caso, grande parte dos investidores deixaria os emergentes, recorrendo � seguran�a do retorno do investimento americano - o que era esperado por muitos economistas no in�cio do ano.

"O quadro de desacelera��o (econ�mica) � melhor para emergentes", diz o economista Silvio Campos. Para ele, por�m, tamb�m h� riscos relevantes, como uma eventual deteriora��o mais acentuada da atividade global ou a possibilidade de as Bolsas - hoje em patamares elevados - come�arem uma corre��o. "O ideal seria a China fazendo um pouso suave e os Estados Unidos mantendo uma taxa de crescimento de 2%, permitindo a manuten��o de liquidez elevada", acrescenta.

Campos destaca que, apesar de a tend�ncia ser de uma desacelera��o econ�mica, ainda n�o � poss�vel descartar a possibilidade de uma recess�o global. Isso porque h� incertezas importantes no radar, como o Brexit e a guerra comercial entre Estados Unidos e China.

O estrategista-chefe do Modalmais, Felipe Sichel, tamb�m v� como mais vantajoso para o Brasil o cen�rio de acomoda��o monet�ria dos Estados Unidos, mas pondera que a estabilidade econ�mica global � necess�ria para um crescimento mais forte dos emergentes. "O fato de o (presidente do) Fed ter se mostrado menos predisposto a novos cortes do juros j� torna o ambiente menos benevolente para os emergentes", disse.

Na ter�a, logo ap�s divulga��o da decis�o da autoridade monet�ria americana, Powell afirmou que a redu��o havia sido um "ajuste no meio de um ciclo da pol�tica monet�ria" e que "a perspectiva agora n�o � que este seja o in�cio de um ciclo de corte de juros". Pouco depois, acrescentou que tamb�m n�o era poss�vel afirmar que n�o haver� outras redu��es � frente.

Mercado. A mensagem d�bia surpreendeu o mercado, que esperava indicativo mais claro. No Brasil, o d�lar fechou em alta de 0,75%, a R$ 3,81 - maior valor desde 3 de julho. O Ibovespa (principal �ndice da Bolsa) caiu 1,09%, aos 101,8 mil pontos.

Em Nova York, as Bolsas tamb�m recuaram mais de 1%. O �ndice Dow Jones fechou em baixa de 1,23%, aos 26,8 mil pontos, enquanto o Nasdaq caiu 1,19%, para 8,1 mil pontos. O S&P; 500 recuou 1,09% para 2,9 mil pontos, fechando abaixo da marca "psicol�gica" de 3 mil pontos./ COLABORARAM BRUNO CANIATO e EDUARDO GAYER

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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