Petrobr�s vende neg�cios e v� lucro saltar 87% no trimestre para R$ 18,9 bi

Com a venda da TAG, rede de gasodutos que interliga as Regi�es Sudeste e Nordeste do Pa�s, a Petrobr�s registrou lucro de R$ 18,9 bilh�es no segundo trimestre, o maior da hist�ria da empresa para o per�odo. O resultado foi marcado por fatores que podem n�o se repetir nos pr�ximos meses, como a alta do petr�leo e a taxa de c�mbio favor�vel � empresa. No documento de divulga��o do balan�o, a petroleira anunciou tamb�m que poder� sair completamente da BR Distribuidora, com nova oferta de a��es.

Se n�o fossem os ganhos que n�o devem acontecer de novo, o lucro teria sido de R$ 5,2 bilh�es, abaixo da expectativa do mercado, que contava com um resultado positivo de R$ 7,7 bilh�es, segundo proje��es do Estad�o/Broadcast levantadas com analistas de mercado. O desempenho da estatal sem esses eventos veio abaixo tamb�m do lucro registrado em igual per�odo do ano passado, de R$ 10 bilh�es. Ainda assim, a leitura de especialistas � que o resultado foi positivo.

"A empresa j� come�ou o ano com lucro, o que � bom", afirmou Helder Queiroz, ex-diretor da Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP) e professor da UFRJ. "Falta muita coisa no processo de recupera��o, mas a empresa j� est� numa trajet�ria de lucros l�quidos cont�beis, revertendo per�odos de preju�zos trimestrais e anuais."

J� Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Wealth Management, disse que "o lucro ficou um pouco abaixo da nossa expectativa de R$ 20 bilh�es para o trimestre, mas os investidores v�o gostar dos n�meros e dever�o refletir positivamente sobre o pre�o da a��o por essa informa��o".

Retomada. Na carta de apresenta��o do balan�o no segundo trimestre, a estatal classificou o resultado como "bom desempenho financeiro". "Estamos muito confiantes de que a implementa��o criteriosa de nossa agenda possui capacidade para eliminar no futuro a diferen�a do desempenho que nos separa das melhores companhias globais de petr�leo e criar substancial valor para nossos acionistas", escreveu a companhia. O documento, pela primeira vez, trouxe uma fotografia do caixa e da opera��o no trimestre atrelado a metas para o futuro.

Por conta do alto endividamento, de US$ 83,7 bilh�es, a empresa continuar� vendendo ativos. A perspectiva � de redu��o da d�vida no terceiro trimestre. A Petrobr�s sinalizou tamb�m que vai investir menos. O or�amento de US$ 16 bilh�es foi revisto para um intervalo de US$ 10 bilh�es a US$ 11 bilh�es. Esses valores, no entanto, n�o incluem os gastos que a petroleira deve ter com a compra de �reas nos leil�es deste ano.

No trimestre, os investimentos somaram US$ 2,6 bilh�es, queda de 17,6% na compara��o com igual per�odo do ano anterior. Segundo a empresa, os recursos foram concentrados sobretudo no desenvolvimento de novos campos de petr�leo no polo pr�-sal da Bacia de Santos e na manuten��o da produ��o nos campos maduros. Na compara��o anual, entretanto, os investimentos recuaram 21,6% no setor.

Enquanto isso, a �rea de refino teve crescimento bastante significativo nos investimentos. O aporte subiu 22,5% no ano e 33,9% na compara��o trimestral, para US$ 316 milh�es.

As vendas somaram US$ 15 bilh�es at� o fim de julho, com destaque para TAG, BR Distribuidora e campos maduros de petr�leo. A empresa anunciou a perspectiva de se desfazer da totalidade das a��es da distribuidora de combust�veis.

"Ficamos ainda com 37,5% do capital da BR, que no futuro temos a inten��o de vender parcial ou totalmente. Enquanto isso, vamos nos beneficiar como acionistas do enorme potencial de cria��o de valor da BR com a flexibilidade que possui uma empresa privada", informou.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.