Dirigentes da ind�stria automobil�stica levaram ao Minist�rio da Economia sugest�es para que a reforma tribut�ria em estudo inclua mecanismos que evitem o ac�mulo de cr�dito gerado nas exporta��es de ve�culos e autope�as, e que levam anos para serem devolvidos. Hoje, as empresas do setor t�m a receber cerca de R$ 13 bilh�es de Estados e do governo federal.
O dinheiro parado e que retorna a conta-gotas, sem juros, poderia ser investido em novas tecnologias e produtos, diz o presidente da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes. "A reforma precisa acabar com essa distor��o."
O cr�dito ocorre porque as exporta��es de ve�culos e de v�rios outros produtos s�o isentos de ICMS e, em alguns casos, de IPI, PIS e Cofins. A ind�stria recolhe esses impostos quando adquire pe�as usadas nos carros exportados, por isso tem direto � devolu��o.
Segundo Moraes, outros pa�ses t�m regras semelhantes, mas a devolu��o do cr�dito ocorre em at� dois meses. "� dinheiro que, se investido, poderia melhorar nossa competitividade", diz Moraes, ao citar algumas das raz�es para a dificuldade da ind�stria local em exportar ve�culos para fora da Am�rica do Sul.
Na proposta em discuss�o com o governo, a Anfavea sugere a cria��o de um calend�rio para a devolu��o do que est� acumulado e meios para evitar novos ac�mulos. Do cr�dito acumulado, pouco mais da metade est� com o governo federal, informa a Anfavea.
"� um problema que vem de 15 anos e n�o posso esperar que se resolva este ano", reconhece o presidente da Volkswagen Am�rica do Sul, Pablo Di Si. A empresa � a maior exportadora de ve�culos do Pa�s, mas n�o revela o valor que tem a receber.
Produ��o. Dados divulgados na �ltima ter�a-feira, 6, pela Anfavea mostram que a produ��o de ve�culos teve o melhor resultado para o m�s de julho desde 2013. Foram fabricados 266,4 mil unidades, 8,4% a mais que em igual m�s de 2018. No acumulado, o n�mero � 3,6% maior que o do ano passado, somando 1,74 milh�o de autom�veis, comerciais leves, caminh�es e �nibus.
De janeiro a julho, as exporta��es acumulam queda de 38,4% em rela��o a 2018 e somam 264,1 mil ve�culos. Nesse per�odo, as vendas para a Argentina - maior cliente brasileiro - ca�ram 51% (para 149 mil unidades), enquanto para o M�xico cresceram 50% (38,7 mil) e para a Col�mbia, 158% (30,1 mil). Os tr�s pa�ses ficam com 80% dos carros exportados pelo Brasil.
As vendas internas somaram 243,6 mil unidades - o melhor m�s de julho desde 2014 e 12% maior que um ano atr�s. No ano foram vendidos 1,55 milh�o de ve�culos, 12% a mais que em igual per�odo de 2018.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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ECONOMIA
Ind�stria cobra d�vidas de R$ 13 bi de governos
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