H� uma tend�ncia de redu��o na taxa de desemprego em quase todo o Pa�s, mas ainda puxado pela informalidade ou por um movimento sazonal de recupera��o de contrata��es na passagem do primeiro trimestre para o segundo trimestre, explicou Adriana Beringuy, analista da Coordena��o de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
"A gente sabe que o segundo trimestre de cada ano � momento em que de fato h� tend�ncia de queda (na taxa de desemprego), faz parte. Porque voc� vem de primeiro trimestre, do processo de dispensa de tempor�rios, tem redu��o no n�mero de pessoas trabalhando. E no segundo trimestre isso tende a ser revertido", explicou Adriana.
A taxa de desemprego recuou de 12,7% no primeiro trimestre de 2019 para 12,0% no segundo trimestre, com quedas estatisticamente significativas em dez das 27 Unidades da Federa��o. O restante ficou dentro do intervalo da margem de erro da pesquisa.
"Em algumas unidades (da federa��o), mesmo que n�o tenha queda estatisticamente significativa, voc� tem tend�ncia de redu��o (da taxa de desemprego). Esse movimento de tend�ncia de redu��o da taxa de desocupa��o acontece em quase todo o Pa�s", disse a pesquisadora.
Segundo Adriana, repor o estoque de empregos perdidos durante a crise ainda � um desafio para todo o Pa�s, especialmente os postos de trabalho com carteira assinada.
"Todas as regi�es registraram aumento na popula��o ocupada no segundo trimestre, mas n�o necessariamente se reverteram em aumento de carteira assinada. S� em casos pontuais. O substancial, o relevante do aumento da popula��o ocupada foi via emprego sem carteira e conta pr�pria", apontou a analista do IBGE.
Adriana lembra que os servi�os com menos qualifica��o s�o os que v�m absorvendo mais trabalhadores, com rendimento menor, muitas vezes sem carteira de trabalho assinada. Em fun��o da precariedade da inser��o desses trabalhadores no mercado de trabalho, o aumento na popula��o ocupada n�o tem elevado as contribui��es previdenci�rias.
"Ent�o h� espa�o muito grande no mercado de trabalho para se reconstruir. Somente com os meses vamos observar se essa melhora quantitativa ser� de fato acompanhada por ganhos qualitativos no mercado de trabalho", concluiu Adriana.
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