O secret�rio especial da Receita Federal, Marcos Cintra, voltou a defender a cria��o de um imposto sobre pagamentos, que tem sido criticado por semelhan�as com a CPMF. "Nossa proposta � incompreendida por causa dessa similaridade com a odiada, detestada, satanizada e demonizada CPMF", disse o secret�rio, em apresenta��o que faz na Central Brasileira do Setor de Servi�os (Cebrasse), que ocorre na Trevisan Escola de Neg�cios, em S�o Paulo.
Cintra reiterou que a proposta do governo para um imposto sobre pagamento est� para a CPMF como o IVA est� para o ICMS. "S�o da mesma esp�cie, s� que, ao serem implantados com objetivos, metas, m�todos diferentes, eles se diferenciam uns dos outros", disse. "� como a baleia e o macaco, os dois s�o mam�feros, mas s�o completamente diferentes", acrescentou.
Na vis�o do secret�rio, a principal diferen�a entre o tributo sobre pagamento que o governo est� propondo e a CPMF � que o novo imposto vai substituir a contribui��o sobre folha de pagamentos, com objetivo de destravar a gera��o de emprego, diminuindo o custo do trabalhador para o empres�rio. A arrecada��o do novo imposto iria para a Previd�ncia. Em raz�o disso, o novo imposto se chamaria Contribui��o Previdenci�ria (CP).
O secret�rio refor�ou tamb�m que o Pa�s "aprendeu muita coisa" com a CPMF e reafirmou que o novo tributo sobre pagamentos n�o incidiria sobre transa��es do mercado financeiro. Na vis�o do secret�rio, quem critica a proposta de tributo sobre pagamentos ainda n�o se deu o trabalho de ler o que est� sendo proposto. A ideia, segundo ele, � que a CP comece com uma al�quota baixa e depois o governo verificaria o efeito.
"N�o podemos terminar este governo sem fazer uma reforma tribut�ria, se n�o completa, pelo menos que tenhamos avan�ado nos tributos federais, os tr�s principais, que representam 65% da arrecada��o bruta nacional, quase dois ter�os do ambiente tribut�rio", disse.
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