
S�o Paulo – O bom desempenho do agroneg�cio brasileiro neste ano fez com que a principal empresa de avia��o executiva do pa�s, a mineira L�der Avia��o, registrasse crescimento de 28% em fretamentos no m�s de junho, na compara��o com o mesmo per�odo do ano passado, e de 100% no segmento de venda e aquisi��o de aeronaves.
De acordo como diretor de vendas, Philipe Figueiredo, houve um forte aumento da demanda depois de um per�odo de turbul�ncias, em 2018, causadas principalmente pela instabilidade pr�-eleitoral. “Havia uma demanda represada e uma cautela dos empres�rios em rela��o aos rumos da economia, inclusive no agroneg�cio, que hoje representa cerca de 80% dos nossos neg�cios”, disse Figueiredo.
“Acreditamos em um segundo semestre forte tamb�m, com crescimento de 5% no fechamento deste ano.” Em 2018, a empresa registrou receita bruta de R$ 682,4 milh�es.
“Acreditamos em um segundo semestre forte tamb�m, com crescimento de 5% no fechamento deste ano.” Em 2018, a empresa registrou receita bruta de R$ 682,4 milh�es.
A expans�o dos neg�cios no campo, que historicamente respondem por 70% a 75% dos resultados da L�der Avia��o, ajudou a compensar a retra��o registrada nas �reas de engenharia e infraestrutura. Com a crise gerada pela exposi��o das empreiteiras envolvidas na Lava-Jato e o arrefecimento dos investimentos em grandes obras pelo pa�s, esses setores reduziram drasticamente sua participa��o nas receitas da L�der. “Essas atividades est�o gradualmente se recuperando, mas a economia brasileira continua no cheque especial”, afirma o executivo.
O desempenho da empresa s� n�o foi melhor porque o sobe-desce do d�lar tem prejudicado o com�rcio de aeronaves, al�m de afetar o planejamento de custos, j� que avi�es e combust�vel s�o cotados na moeda americana. “Estamos sentindo o efeito ‘eletrocardiograma’ do c�mbio porque pressiona custos e atrapalha a todos nos planos de investimento de m�dio e longo prazo”, acrescenta o executivo. Atualmente, a L�der tem frota de 63 aeronaves, sendo 43 helic�pteros e 20 avi�es.
Um sinal de que os ventos sopram a favor do mercado da avia��o executiva � a alta na importa��o de aeronaves. A Cisa Trading, uma das maiores importadoras do Brasil, registrou um movimento superior ao do ano passado, puxado pelo interesse das empresas por aeronaves de m�dio porte.
“S�o aeronaves com valor entre US$ 5 milh�es e US$ 10 milh�es, cuja demanda visa atender �s opera��es do dia a dia de empresas, que est�o abrindo filiais ou ampliando seus neg�cios em diferentes regi�es do pa�s”, disse Felipe Videira, diretor-executivo de neg�cio da Cisa Trading, durante a Labace, maior feira do setor na Am�rica Latina. Segundo ele, a procura tem como objetivo renovar a frota ou promover um upgrade no equipamento para voos no territ�rio nacional.
“S�o aeronaves com valor entre US$ 5 milh�es e US$ 10 milh�es, cuja demanda visa atender �s opera��es do dia a dia de empresas, que est�o abrindo filiais ou ampliando seus neg�cios em diferentes regi�es do pa�s”, disse Felipe Videira, diretor-executivo de neg�cio da Cisa Trading, durante a Labace, maior feira do setor na Am�rica Latina. Segundo ele, a procura tem como objetivo renovar a frota ou promover um upgrade no equipamento para voos no territ�rio nacional.

Na Cisa Trading, a previs�o � que, em 2019, as encomendas de aeronaves importadas sejam superiores �s do ano passado, tanto em valor quanto em volume, diante da perspectiva de um cen�rio econ�mico mais est�vel. O movimento come�ou no primeiro semestre e tende a se ampliar nos pr�ximos meses.
Atualmente, o Brasil tem a segunda maior frota de avia��o geral do mundo. Segundo uma pesquisa da Associa��o Brasileira de Avia��o Geral (Abag), o n�mero de aeronaves no pa�s deve crescer 10% no futuro pr�ximo. Dentro desse segmento, encontra-se o mercado de avia��o executiva, que vem apresentando um expressivo crescimento no Brasil.
Pelas contas da Associa��o Brasileira de Avia��o Geral (Abag), em 2018 o volume de opera��es registrou alta de 2,74% em rela��o ao ano anterior. Em 2017, o crescimento havia sido de 13,42% sobre 2016. Antes da crise, a frota de aeronaves do Brasil, que est� entre as maiores do mundo, chegou a crescer 6% ao ano.
“O setor espera que o pa�s encontre o caminho do crescimento porque a avia��o de neg�cios, ou avia��o executiva, depende do cen�rio econ�mico para crescer”, diz o presidente da entidade, Fl�vio Pires. Das 5.570 cidades brasileiras, apenas 142 foram atendidas pela avia��o comercial em 2018, enquanto a avia��o geral atendeu 1.110 munic�pios. Das mais de 15 mil aeronaves que comp�em a frota da avia��o geral brasileira, 11.804 s�o usadas na avia��o de neg�cios (76%).