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Estado de Minas ECONOMIA

Argentina deixa de pagar a credores no prazo e tenta renegociar d�vida com FMI


postado em 29/08/2019 07:01

O governo da Argentina anunciou nesta quarta-feira, 28, que vai deixar de pagar no vencimento a maior parte da d�vida de curto prazo detida por investidores institucionais, como bancos, seguradoras e fundos. O d�bito vai ficar para o pr�ximo presidente, que ser� eleito em 27 de outubro. Se o resultado das elei��es prim�rias, ocorridas em 11 de agosto, se repetir daqui a dois meses, a chapa de oposi��o ao atual governo de Mauricio Macri, composta por Alberto Fern�ndez e Cristina Kirchner, ser� a respons�vel pelo pagamento.

De acordo com a imprensa argentina, a d�vida de curto prazo do pa�s est� na casa dos US$ 15,5 bilh�es - as reservas internacionais somam US$ 57 bilh�es.

Em uma coletiva de imprensa, o novo ministro da Fazenda, Hern�n Lacunza, anunciou que, da d�vida de curto prazo, apenas as pessoas f�sicas donas de pap�is do governo ser�o pagas na data correta. Para investidores institucionais, 15% ser�o quitados no prazo do vencimento, 25% daqui a tr�s meses e 60% em seis meses. Lacunza informou ainda que est� renegociando a d�vida de US$ 56 bilh�es com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e que os d�bitos de longo prazo tamb�m dever�o ser renegociados.

Questionado pelo Estado se a medida se tratava de um novo calote, um membro do governo Macri afirmou, sob condi��o de anonimato, ser um "reperfilamento dos vencimentos, sem desconto no valor devido nem nos juros".

Especialista em economia internacional, o economista Livio Ribeiro, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), disse que o debate em torno do calote � uma "quest�o sem�ntica". "O que ela (Argentina) disse de forma expl�cita � que as datas e taxas pactuadas n�o ser�o cumpridas porque n�o consegue pagar e est� propondo estender os prazos."

No mercado financeiro brasileiro, a preocupa��o � alta com a probabilidade de o pa�s entrar em morat�ria no pr�ximo ano, independentemente de quem seja eleito, disse uma fonte do mercado. Por enquanto, o principal efeito dever� ser no c�mbio, de acordo com o economista Fabio Giambiagi. "N�o vejo um impacto maior por aqui. Vivemos situa��o diferente."

Para o economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani, "os primeiros sinais de calote" da Argentina ter� cont�gio em todos os pa�ses emergentes, sobretudo nesse momento de forte avers�o ao risco do mercado internacional.

Al�m do impacto financeiro, a renegocia��o da d�vida da Argentina traz reflexos preocupantes para a economia brasileira, em especial para a ind�stria. Na avalia��o de Livio Ribeiro, no m�dio prazo, a desacelera��o da Argentina deve desorganizar a cadeia de valor entre Brasil e Argentina. "A demanda final do pa�s vizinho por bens produzidos aqui vai colapsar."

Do total das exporta��es brasileiras, 5% s�o destinadas ao pa�s vizinho. J� dos embarques do setor industrial, esse n�mero chega a 20%.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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