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Estado de Minas ECONOMIA

Dona de Aeroporto de Guarulhos se prepara para disputar novos leil�es


postado em 29/08/2019 07:05

Enquanto os acionistas decidem o que fazer com suas participa��es, a Invepar - dona do Aeroporto de Guarulhos - tenta arrumar a casa para disputar a nova leva de concess�es que vem pela frente. A principal estrat�gia, segundo fontes ligadas � empresa, � vender ativos para conseguir pagar a d�vida de R$ 1 bilh�o com o fundo Mubadala. Posteriormente, o grupo tamb�m pode captar dinheiro no mercado para refor�ar o caixa.

Al�m do Aeroporto de Guarulhos, a Invepar det�m a concess�o de oito rodovias e do Metr� do Rio. A empresa tem como acionistas os fundos de pens�o Previ (do Banco do Brasil), Petros (Petrobr�s) e Funcef (Caixa), que det�m 75% da companhia. Os demais 25% est�o nas m�os do fundo Yosemite, do FI-FGTS e de investidores estrangeiros que ficaram com as a��es da construtora OAS na empresa como pagamento de d�vida.

A crise da Invepar come�ou com o envolvimento da OAS na Opera��o Lava Jato, o que limitou a entrada de recursos na empresa. At� 2014, o grupo vivia em trajet�ria ascendente e estava prestes, inclusive, a abrir capital. Mas os planos foram paralisados com o esc�ndalo e, em seguida, pela crise econ�mica que derrubou demanda de passageiros e de ve�culos nas estradas. Para se ter uma ideia, a movimenta��o da Via-040 - concess�o rodovi�ria que a empresa pediu para devolver ao governo federal - � menor que em 2010. Al�m da queda nas receitas, a d�vida da companhia subiu no per�odo e alcan�ou quase R$ 2 bilh�es.

O desequil�brio dessa equa��o exigiu aportes dos acionistas para pagar os juros da d�vida e para investir nas concess�es. Recentemente, Previ e Funcef colocaram R$ 680 milh�es na Invepar para pagar parte da d�vida do Mubadala e para as concession�rias cumprirem suas obriga��es ao longo de dois anos. Esse valor entrou como empr�stimo no balan�o da empresa.

Venda. Mas a quantia n�o � suficiente para equilibrar as contas. O grupo teve de por � venda a Concession�ria Auto Raposo Tavares (Cart), que administra 834 km entre Bauru e Presidente Epit�cio, em S�o Paulo. A expectativa � que o processo de venda dessa rodovia esteja conclu�do at� mar�o. Com o dinheiro arrecadado, a empresa deve pagar a d�vida com o Mubadala - vencida em dezembro e prorrogada at� abril de 2021. Se for necess�rio, outro ativo menor poder� ser oferecido ao mercado para equacionar o n�vel de endividamento.

O dinheiro novo para expandir os neg�cios poder� vir de uma capta��o feita por meio das concession�rias da Invepar. Tamb�m poderia vir pela entrada de um novo investidor na empresa, mas essa � uma decis�o que depende dos acionistas. Desde o in�cio da crise, alguns investidores, como Brookfield e o Mubadala, fizeram proposta para comprar a empresa, mas sem sucesso. O mais recente foi o fundo IG4 Capital, que contratou o Bradesco BBI para assessorar a opera��o. Fontes afirmaram que o IG4 est� liderando um grupo de investidores estrangeiros para fazer uma inje��o de R$ 1,7 bilh�o no grupo.

Para o diretor da ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor�s, Marcelo Schwarz, a estrutura de capital da Invepar n�o � sustent�vel no longo prazo e precisa ser equacionada. Na avalia��o dele, h� uma s�rie de oportunidades de concess�es pela frente, mas antes de pensar em novos leil�es � preciso colocar a casa em ordem. Al�m disso, as concession�rias ter�o de pagar dividendos para que a holding consiga honrar suas d�vidas. "A quest�o � que o mercado de infraestrutura depende muito da atividade econ�mica (que ainda est� fraca)."

At� o ano que vem, o governo dever� licitar 22 aeroportos e algumas rodovias, afirma Renato Sucupira, presidente da consultoria BF Capital. Estados tamb�m t�m licita��es na pra�a. "� preciso saber se a empresa ter� condi��es de participar", diz.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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