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Estado de Minas

Dona das marcas Timberland e Vans confirma suspens�o de compra do couro brasileiro

Sediada nos EUA, a VF Corporation afirma que n�o voltar� a adquirir o produto enquanto houver d�vida sobre a rela��o dele com a agress�o ao meio-ambiente


postado em 29/08/2019 07:39 / atualizado em 29/08/2019 11:50

(foto: SUE LYNN/Divulgação)
(foto: SUE LYNN/Divulga��o)


A VF Corporation, empresa respons�vel por marcas como Timberland, The North Face, Kipling e Vans, informou na noite desta quarta-feira, 28, que decidiu n�o continuar se abastecendo diretamente de couro e curtumes do Brasil "at� que haja seguran�a de que os materiais usados nos produtos n�o contribuam para o dano ambiental no Pa�s". A informa��o foi confirmada pela empresa em nota � reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, � noite.

A suspens�o de importa��o ocorre em meio ao aumento de queimadas na Regi�o Amaz�nica. O assunto surgiu durante a manh� de ontem, quando foi divulgado o conte�do de uma carta do Centro das Ind�strias de Curtumes do Brasil (CICB) ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O documento mencionava "suspens�o de compras de couros a partir do Brasil de alguns dos principais importadores mundiais".

Pouco depois, o presidente do CICB, Jos� Fernando Bello, disse que se tratou de um "erro de pr�-avalia��o" da entidade e o fornecimento estaria normalizado. Segundo o �rg�o, parte da mat�ria-prima beneficiada pelos curtumes tem origem na regi�o da Amaz�nia.

O jornal questionou diretamente sobre o assunto a VF Corporation, que det�m 18 marcas de vestu�rio e cal�ados. A nota da empresa informa que, desde 2017, busca aprimorar o abastecimento global de couro por meio de "estudos para garantir que os fornecedores de couro estejam de acordo com nossos requisitos de abastecimento respons�vel". A empresa, ent�o, informa que, como um resultado detalhado desse estudo, n�o conseguiu "assegurar satisfatoriamente que nossos volumes m�nimos de couro comprados de produtores brasileiros sigam esse compromisso".

"Sendo assim, a VF Corporation e suas marcas decidiram n�o continuar abastecendo diretamente com couro e curtume do Brasil nossos neg�cios internacionais at� que haja a seguran�a de que os materiais usados em nossos produtos n�o contribuam para o dano ambiental no pa�s", acrescentou.

Nesta quarta, o presidente Jair Bolsonaro chegou a se manifestar sobre o assunto pelo Twitter. "Mais cedo, jornais publicaram que 18 marcas suspenderam a compra de couro brasileiro. �queles que torcem contra o pa�s e vergonhosamente divulgaram felizes a not�cia, informo que o Centro de Ind�stria de Curtumes do Brasil negou tal suspens�o. As exporta��es seguem normais."



Antes do posicionamento da VF, Bello afirmou que n�o havia a inten��o de os importadores boicotarem compras do produto. Segundo ele, o importador teria explicado que continuaria com os pedidos em andamento, mas que gostaria de "esclarecimento adicionais" sobre a origem do couro.

Tamb�m na quarta, a maior produtora mundial de salm�o, a empresa norueguesa Mowi ASA (MOWI.OL), declarou que poder� parar de comprar soja brasileira para ser usada na sua produ��o, se o Pa�s n�o coibir o desmate. "� importante que n�s e todos que compram bens do Brasil digam claramente que a floresta tropical deve ser preservada e a situa��o atual � inaceit�vel", disse Catarina Martins, diretora de sustentabilidade.

Nesta quinta-feira, dia 29, a Coaliz�o Brasil Clima, Florestas e Agricultura, entidade que re�ne mais de 200 representantes do agroneg�cio, de entidades de defesa do meio ambiente, da academia e do setor financeiro, deve entregar um manifesto a Bolsonaro, pedindo que retome o controle do desmatamento para garantir que o Brasil possa ser um "l�der agroambiental".

Lava Jato

A Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) dobrou o valor do fundo bilion�rio da Lava Jato que sugere ser destinado a preven��o e combate de inc�ndios na Amaz�nia Legal, de R$ 500 milh�es para R$ 1 bilh�o. A mudan�a foi encaminhada em manifesta��o ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes vai decidir sobre o destino dos R$ 2,5 bilh�es originados de um acordo entre a Justi�a americana e a Petrobras. A AGU sugere que o montante seja executado em parte pela Uni�o e em parte pelos Estados da Amaz�nia. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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