Nem a demanda dom�stica nem o setor externo est�o favorecendo o desempenho da produ��o industrial no Pa�s, segundo Andr� Macedo, gerente da Coordena��o de Ind�stria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A produ��o industrial encolheu 0,3% na passagem de junho para julho, acumulando uma perda de 1,2% em tr�s meses consecutivos de quedas. As informa��es s�o da Pesquisa Industrial Mensal - Produ��o F�sica.
"Essa terceira queda seguida sugere que o setor industrial est� bem longe de alguma tend�ncia de recupera��o", avaliou Macedo. "Observando algumas estat�sticas que tentam mensurar o n�vel de estoques, alguns setores est�o com n�veis de estoques elevados. Pode ter ocorrido algum tipo de acelera��o da produ��o em meses anteriores, e depois um freio de arruma��o. Acaba sendo um dado importante, j� que nossa demanda dom�stica n�o tem conseguido absorver essa maior produ��o", acrescentou.
O pesquisador menciona como entraves ao escoamento da produ��o industrial o mercado de trabalho ainda em dificuldades, com elevado patamar de desempregados e subutilizados; a renda do trabalho sem crescimento; e o ambiente de incerteza adiando decis�es de consumo por parte das fam�lias.
"(Esses fatores) Nos ajudam a entender porque a produ��o industrial mostra menos intensidade. Adicionalmente, tem toda uma leitura de cen�rio externo n�o favor�vel", disse Macedo.
Com as perdas recentes, a ind�stria brasileira voltou a operar no mesmo patamar de uma d�cada atr�s, em n�vel semelhante ao de janeiro de 2009, �poca da crise econ�mica internacional.
"O final de 2008 foi bem marcado pela crise econ�mica internacional. Ent�o o setor industrial teve uma perda importante naquele per�odo. E teve algum tipo de melhora no in�cio de 2009, mas, dada a perda de produ��o, era um patamar muito baixo. O que a gente produz hoje � suficiente para atender a demanda existente dez anos atr�s", lembrou Andr� Macedo.
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