
Campos Neto disse ainda que tem ocorrido um movimento de revis�o, para baixo, do crescimento das principais economias do mundo. "As curvas de juros est�o precificando queda de juros em todas as economias e isso tem se acentuado nas �ltimas semanas", comentou.
Sobre a infla��o, ele reafirmou que, no Brasil, ela est� sob controle, "bastante ancorada no curto, no m�dio e no longo prazo". Ele lembrou que, no meio deste ano, o Conselho Monet�rio Nacional (CMN) anunciou sua meta de infla��o para o ano de 2022, de 3,5%, com margem de toler�ncia de 1,5 ponto porcentual.
Segundo Campos Neto, as estimativas do mercado financeiro demoraram apenas uma semana para convergir para esta meta, o que demonstra confian�a no trabalho do BC.
Pol�tica monet�ria
Ao falar sobre a pol�tica monet�ria, Campos Neto repetiu ideia contida em comunica��es recentes do BC: a de que a institui��o deixou espa�o para uma queda adicional da Selic (a taxa b�sica de juros), atualmente em 6,00% ao ano.
C�mbio
Em sua apresenta��o, ao tratar rapidamente do mercado de c�mbio, Campos Neto tamb�m pontuou que a estrat�gia atual gira em torno de quanto o BC possui de posi��o cambial l�quida.
Nas �ltimas semanas, em meio aos leil�es de venda � vista de d�lares ao mercado, o BC tem reafirmado que as opera��es n�o afetam a posi��o cambial l�quida, apesar de alterar o n�vel das reservas internacionais.
Na quarta-feira, dados divulgados pelo BC mostraram que a posi��o cambial l�quida da institui��o atingiu US$ 329,951 bilh�es. Esta posi��o traduz o que est� dispon�vel para que o BC fa�a frente a alguma necessidade de moeda estrangeira - como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise, por exemplo.
A posi��o leva em conta as reservas internacionais, o estoque de opera��es de linha do BC (venda de d�lares com compromisso de recompra), a posi��o da institui��o em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monet�rio Internacional (FMI).
O presidente do Banco Central participou na manh� desta quinta da confer�ncia "Agenda do Brasil para Crescimento Econ�mico e Desenvolvimento", promovida pelo Council of the Americas (COA).
Ap�s o evento desta quinta, Campos Neto foi instado por jornalistas a falar especificamente sobre o c�mbio, mas o presidente do BC saiu sem dar entrevista.