O governo ainda n�o desistiu que propor um regime de capitaliza��o para a Previd�ncia no Brasil, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento com empres�rios do varejo em Bras�lia, na noite desta ter�a-feira, 17. Na capitaliza��o, os trabalhadores contribuem para uma conta individual, que bancar� os benef�cios no futuro.
A equipe econ�mica tentou emplacar uma autoriza��o para criar o regime de capitaliza��o na proposta de reforma da Previd�ncia em tramita��o no Congresso Nacional, mas o item foi uma das primeiras baixas durante as discuss�es na C�mara dos Deputados.
"N�o desistimos de ir na dire��o da capitaliza��o", disse Guedes em evento em Bras�lia. "� uma ideia boa, importante. Valeu a luta, mesmo que n�o tenha avan�ado", afirmou.
Segundo o ministro, a reforma atual garante tempo - cerca de 20 anos - at� que o Brasil precise novamente mexer em suas regras de aposentadoria e pens�o. Para ele, no entanto, sem a capitaliza��o as futuras gera��es podem enfrentar problemas de sustentabilidade na Previd�ncia.
Hoje, o regime � solid�rio, ou seja, as contribui��es dos trabalhadores bancam os benef�cios de quem j� se aposentou. O problema � que, com um n�mero cada vez menor de jovens e maior de idosos, esse financiamento fica desequilibrado, ponderou o ministro.
Guedes comemorou o avan�o das reformas no Congresso Nacional e alfinetou o governo anterior. Ontem, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o ex-presidente Michel Temer destacou que a discuss�o sobre a reforma da Previd�ncia come�ou em seu governo, abrindo portas para a aprova��o agora.
"Se reforma da Previd�ncia era t�o f�cil, por que o governo anterior n�o aprovou?", questionou Guedes. "Se teve uma grava��o (que atrapalhou), por que governo anterior n�o mandou reforma da Previd�ncia antes do que o teto de gastos?", emendou o ministro, referindo-se � grava��o de Temer com o empres�rio Joesley Batista, que acabou atrapalhando as negocia��es pela reforma e ocupou o Congresso com a vota��o de duas den�ncias contra o ex-presidente.
Para Guedes, o adiamento da Previd�ncia no governo passado acabou pressionando ainda mais o teto de gastos este ano. "O governo (Temer) fez o teto, mas n�o fez as paredes", disse. O ministro, por�m, defendeu a manuten��o do limite de despesas.
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ECONOMIA
"N�o desistimos de ir na dire��o da capitaliza��o", diz Guedes
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