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Estado de Minas ECONOMIA

Com juro menor, renda fixa vira �seguro�


postado em 19/09/2019 07:03

A queda na taxa de juros Selic, que nesta quarta-feira, 18, registrou novo piso hist�rico, for�ar� o aplicador brasileiro, habituado � renda fixa, a fazer escolhas mais dif�ceis, se n�o quiser ver o patrim�nio andando de lado. Para conseguir algum ganho, de acordo com especialistas, ele ter� de abrir m�o da liquidez (deixando o dinheiro aportado por mais tempo no mercado financeiro) ou assumir riscos extras para sua carteira, com produtos como a��es e fundos imobili�rios - sujeitos a oscila��es e n�o isentos de preju�zos.

Para o superintendente de portf�lios de investimento do Ita� Unibanco, Victor Vietti, o que agora sobra para o investidor pessoa f�sica � uma carteira com op��es cada vez mais enxutas (e similares) dentro da renda fixa, aquele investimento em que o dinheiro � aplicado com uma garantia m�nima de retorno ap�s um determinado tempo. "A renda fixa sempre ter� mercado, mas a gente est� recomendando aplica��o em Bolsa desde o final de 2018", diz.

Produtos como CDBs, fundos DI e poupan�a, na opini�o da coordenadora do curso de economia do Insper, Juliana Inhasz, v�o virar uma esp�cie de "seguro" para o patrim�nio do investidor. "Esquece essa hist�ria de ganhar dinheiro com o CDB. Essas aplica��es servem para repor as perdas com infla��o, varia��es cambiais."

J� Gilberto Abreu, diretor de investimentos do banco Santander, diz que o investidor deve aprender a olhar para o mercado financeiro evitando fazer compara��es com o passado. "� um mundo novo, e ainda bem. Renda fixa paga pouco no mundo inteiro. O que acontecia no Brasil era uma incorre��o do nosso mercado."

Em simula��o para o jornal O Estado de S. Paulo, a economista Paula Sauer, professora da ESPM e planejadora financeira da Planejar, chama aten��o para o bom resultado projetado para os produtos com vencimento de longo prazo (acima de cinco anos). Destaque para as Letras de Cr�dito (tanto imobili�rias, as LCIs, quanto de agroneg�cio, LCAs). "O que garante o bom resultado desses produtos � a isen��o do Imposto de Renda. E, mesmo assim, o porcentual de CDI que serve de remunera��o para as letras est� atrelado ao prazo. Quanto maior o prazo sem mexer no dinheiro, melhor a remunera��o", observa.

Dados do buscador de investimentos Yubb apontam que, dos cerca de 1 mil LCAs e LCIs lan�ados recentemente, s� 2% (171 produtos) apresentam retorno acima de 114% do CDI. "As letras poderiam ser classificadas como boas alternativas. Mas como elas s�o t�tulos lan�ados por empresas para financiar projetos de investimentos, e hoje eles est�o escassos, est� mais dif�cil encontrar esse papel no mercado", conta Bernardo Pascowitch, do Yubb.

Caderneta

Com a nova queda na Selic, a poupan�a, principal destino do dinheiro do brasileiro, perdeu atra��o. O investimento, que at� ent�o rendia 4,20% ao ano, superando assim boa parte dos fundos de renda fixa, recuou para 3,85%, um pouco acima da infla��o, estimada em 3,60% pelo �ltimo relat�rio do Banco Central. Os fundos DI, que administram uma carteira de renda fixa, tamb�m ficaram para tr�s. Alguns deles, em fun��o da taxa de administra��o, chegam perder para a infla��o por quase 1 ponto porcentual. J� no Tesouro Direto, os t�tulos de curto prazo atrelados � Selic ficam muito pr�ximos � poupan�a. A recomenda��o aqui, mais uma vez, s�o t�tulos de m�dio e longo prazo, acima de 12 meses, atrelados � infla��o.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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