A FX Retail Analytics corrigiu uma informa��o da reportagem publicada pelo Broadcast (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado) na manh� da quarta-feira, 18. Segundo a empresa, a Adidas n�o � uma das empresas atendidas pela FX Retail Analytics.
A empresa monitora o comportamento de consumidores por meio de sensores e c�meras instalados nas entradas de lojas, como O Botic�rio, Centauro, Hering, entre outras.
A reportagem divulgada na quarta-feira mostrou que o impacto da Semana do Brasil nas vendas de setembro deve estimular os varejistas a abra�ar a data no calend�rio comercial dos pr�ximos anos, de acordo com especialistas do setor. O per�odo promocional, idealizado pelo governo federal e endossado por milhares de varejistas, funcionou de 6 a 15 de setembro.
A Cielo, que mede dados de vendas feitas por cart�es e QR Codes, utilizou duas bases comparativas, sendo uma delas a m�dia de dias regulares, ou seja, sem feriados, do primeiro semestre de 2019. A outra base considera o mesmo per�odo do ano passado. No primeiro caso, houve aumento de 7,9% das vendas, enquanto no segundo, a alta foi de 11,3%.
"Se olhar como vinha crescendo o varejo nesse mesmo conceito ano contra ano, estava no patamar de 5%. Ou seja, teve uma acelera��o do crescimento do patamar de 5% pro patamar de 11%", afirmou Gabriel Mariotto, diretor de Intelig�ncia da Cielo e respons�vel pelo levantamento dos dados. "Na minha avalia��o, foi um bom resultado", apontou.
Na base que compara a m�dia de dias regulares, apenas no com�rcio eletr�nico houve aumento de 18,5%, mas Mariotto ressalta que aproximadamente 90% das vendas foram feitas, na verdade, em lojas f�sicas.
Por�m, segundo a FX Retail Analytics, o fluxo de consumidores nas lojas f�sicas caiu 1,11% na Semana do Brasil versus o mesmo per�odo compreendido no ano passado.
A empresa mediu queda de 5,28% nos fluxos das lojas de cal�ados e de 2,06% nas de produtos de beleza. No segmento de eletr�nicos, por�m, houve aumento de 5,87%.
De acordo com a s�cia e diretora de marketing da FX Retail, Flavia Pini, o aparente conflito entre o aumento das vendas nas lojas f�sicas e a queda no fluxo de consumidores pode ser explicado pela omnicanalidade. "A pessoa pode comprar pelo site e a compra sair daquela loja ou centro de distribui��o, mas n�o � ela quem vai buscar, necessariamente. O fluxo diminui e as vendas aumentam", disse.
Do ponto de vista do varejo digital, a Compre&Confie;, que monitora vendas reais de mais de 80% do varejo digital brasileiro, calculou um faturamento 30,3% maior durante a Semana do Brasil em rela��o ao mesmo per�odo de 2018, com o total chegando a R$ 2,2 bilh�es.
O diretor executivo do Compre&Confie;, Andr� Dias, faz uma ressalva, no entanto. "Apesar do aumento aparentemente expressivo nas vendas, devemos nos atentar que o e-commerce j� apresenta um crescimento m�dio consistente de cerca de 20% em 2019, mesmo sem a data comemorativa", apontou.
Para ficar
Na opini�o de Mariotto e Flavia, os resultados dessa primeira edi��o da Semana do Brasil devem estimular as varejistas a repetir a data nos pr�ximos anos.
"Assim como a Black Friday hoje tem um tamanho bem maior no Brasil, acho que tende a ser uma semana que, nos pr�ximos anos, se bem divulgada - e se as pessoas entenderem que de fato existe um desconto consistente - � um evento que pode emplacar", afirmou Flavia.
Para Mariotto, � necess�rio avaliar o quanto a Semana do Brasil vai fazer diminuir as vendas em outras datas comerciais. J� foi medido, por exemplo, que a Black Friday diminui as vendas do Natal, mas o efeito l�quido foi positivo. "O ideal pro varejista � que a Semana do Brasil tenha o mesmo efeito", disse.
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