A Caixa Econ�mica Federal pediu nesta quinta-feira a fal�ncia do conglomerado Odebrecht. Pelo pedido feito � Justi�a, a Caixa quer que a Justi�a permita aos credores nomear novos administradores para o conglomerado e suas subsidi�rias em uma assembleia. A informa��o, inicialmente divulgada pela ag�ncia Reuters, foi confirmada pelo �Estado�.
Fontes ligadas ao caso lembram que, em processos de recupera��o judicial, � comum que credores pe�am a fal�ncia. Segundo um especialista no tema, um pedido de fal�ncia durante esse tipo de processo s� avan�a se for de um credor novo, posterior � prote��o judicial.
Com d�vida de cerca de R$ 100 bilh�es, a Odebrecht pediu recupera��o judicial em junho, ap�s forte press�o da Caixa. A Atvos - empresa de a��car e �lcool da Odebrecht - havia tomado o mesmo caminho no m�s anterior. O banco iniciou uma campanha para executar as garantias das d�vidas do grupo.
O objetivo da Caixa era conseguir a��es da petroqu�mica Braskem para reduzir sua exposi��o ao grupo. Entre todos os bancos credores, lista que tamb�m inclui Ita�, Bradesco e Banco do Brasil, apenas Caixa e o Votorantim n�o tinham seus cr�ditos cobertos por a��es da petroqu�mica. A exposi��o da Caixa na Odebrecht � da ordem de R$ 2,2 bilh�es.
Sem conseguir as mesmas garantias que os outros bancos credores, a Caixa pediu a execu��o de uma d�vida do Itaquer�o (est�dio do Corinthians).
No �ltimo dia 27 de setembro, a Caixa havia pedido a extin��o da recupera��o judicial da Odebrecht.
No pedido, os advogados da Caixa reclamaram do fato de a Odebrecht ter reunido em um �nico processo a recupera��o judicial de v�rias empresas diferentes, o que seria ilegal. Essa estrat�gia � chamada de "consolida��o substancial" na lei. Foram reunidos no mesmo processo o pedido de 21 neg�cios.
Nos autos, a Caixa ressaltava que a Odebrecht justificava a jun��o de todos os pedidos como medida para preservar as atividades da empresa. Por�m, notaram os advogados, a afirma��o era gen�rica sob o ponto de vista de sinergia das empresas.
Procurada, a Caixa disse apenas que n�o comenta processos pendentes de decis�o judicial.
A Odebrecht, por seu turno, afirmou ser "natural, em qualquer recupera��o judicial, que os credores fa�am questionamentos. (...) A Odebrecht est� em um processo de negocia��o construtiva com os seus principais credores e confia que seu plano de recupera��o ser� aprovado para a preserva��o de seus 40 mil empregos".
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