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Estado de Minas ECONOMIA

Odebrecht intensifica negocia��es com credores para fechar recupera��o


postado em 05/10/2019 12:45

Em meio ao ataque judicial da Caixa, que nesta semana pediu a fal�ncia da Odebrecht, o grupo baiano intensificou as negocia��es com credores para tentar fechar o plano de recupera��o judicial. As conversas giram em torno, sobretudo, da venda da petroqu�mica Braskem e da reestrutura��o da Atvos - bra�o de a��car e �lcool da Odebrecht -, tamb�m em recupera��o judicial. A solu��o inclui ainda o desfecho da renegocia��o das d�vidas da construtora do grupo.

Pela legisla��o, a empresa teria de fazer a assembleia de credores at� 18 de novembro, mas a expectativa � que a reuni�o seja aberta e suspensa em seguida - pr�tica comum no processo judicial. Fontes afirmam que, mesmo acelerando o ritmo das negocia��es, na melhor das hip�teses, um plano somente seria fechado em dezembro.

Em recupera��o judicial desde 18 de julho, com uma d�vida de quase R$ 100 bilh�es, a Odebrecht tenta convencer os credores de que precisa de uma solu��o global, envolvendo todos os neg�cios do grupo. Por isso, a assembleia da Atvos, marcada para 24 de outubro, tamb�m deve ser aberta e suspensa. Isso porque n�o adianta resolver os problemas de forma isolada, diz uma fonte a par do assunto. Mas a proposta n�o tem a aprova��o de todos os credores, principalmente quando se inclui os ativos n�o operacionais.

Nas contesta��es apresentadas na quinta-feira - prazo final para incluir as obje��es ao plano de recupera��o - os bancos deixaram claro que n�o concordam com um plano de recupera��o �nico, o que poderia prejudicar os credores. "At� o presente momento, n�o h� qualquer justificativa por parte do grupo do porqu� seria adequado aglutinar em um mesmo processo de recupera��o judicial todas as empresas n�o operacionais do grupo, excluindo deste procedimento as empresas operacionais", questiona a Caixa, em seu pedido de fal�ncia.

Dividendos

Desde que a empresa apresentou um plano de recupera��o gen�rico, apenas pro forma, as negocia��es com os credores come�aram a avan�ar. Na mesa, est� uma s�rie de quest�es envolvendo a Braskem. Um deles envolve o pagamento de dividendos. Na quinta-feira, a petroqu�mica aprovou a distribui��o de R$ 667,4 milh�es aos acionistas. Desta fatia, caber� � Odebrecht cerca de R$ 253 milh�es.

O valor deveria abater d�vidas com os bancos. Mas, segundo apurou a reportagem, alguns credores entendem que o grupo precisa desses recursos para dar andamento na recupera��o. A expectativa � que as institui��es aceitem deixar esse volume com a companhia para fortalecer o fluxo de caixa.

Ativo � venda

A contrapartida, no entanto, envolve a venda da Braskem para pagar os credores que t�m garantias. Al�m disso, essa venda precisa ocorrer num prazo de um ano, afirmou uma fonte ligada �s negocia��es. Mas pode haver alguma flexibilidade nesse per�odo dependendo do pre�o da a��o. Uma fonte ligada ao grupo afirma que o tempo de um ano para vender � fact�vel, mas precisa saber a partir de quando esse prazo come�ar� a ser contado. Outro ponto � definir para onde vai o valor da venda.

As negocia��es, no entanto, v�o ser influenciadas pelo humor da Caixa, que est� numa disputa judicial com a Odebrecht. Na quinta-feira, a institui��o pediu ao juiz da recupera��o judicial para decretar a fal�ncia do grupo. A principal justificativa � que at� agora a empresa n�o apresentou nenhum plano consistente mostrando como vai se recuperar e como ir� pagar os credores. De acordo com um especialista no assunto, como a empresa est� dentro do processo judicial, o pedido n�o deve ser acatado pelo juiz.

As demais institui��es credoras, menos arredias como a Caixa, tamb�m n�o ficaram felizes com o plano da Odebrecht. Nas contesta��es do Bradesco, a institui��o afirma que "h� de se impugnar a absurda forma de pagamento proposta pelo grupo aos credores quirograf�rios (sem garantia)". Segundo o plano, esses credores ser�o pagos por meio da subscri��o de t�tulos de participa��o ou outros instrumentos emitidos pelo grupo. A Odebrecht e a Caixa n�o se pronunciaram. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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