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Estado de Minas ECONOMIA

'N�o podemos ficar esperando dinheiro do governo', diz presidente do INB


postado em 07/10/2019 13:15

� frente da presid�ncia da Ind�strias Nucleares do Brasil (INB) desde fevereiro, Carlos Freire diz que sua prioridade � a busca da autossufici�ncia na produ��o de ur�nio no Pa�s. "N�o � natural que n�o estejamos produzindo ur�nio. Temos reservas e temos conhecimento", disse.

A INB hoje importa ur�nio concentrado e enriquecido e j� comprou os produtos de pa�ses como R�ssia, Canad� e Casaquist�o. Tamb�m faz parte do plano de Freire que a estatal possa fechar parcerias com empresas privadas.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Como transformar a INB numa empresa independente do Tesouro Nacional?

Precisamos buscar parcerias. N�o podemos ficar esperando dinheiro do governo para ampliar planta, s�tios de minera��o. Temos feito um trabalho em rela��o ao marco legal de forma a tentar flexibilizar o monop�lio que hoje existe. Estamos fazendo um esfor�o para propor altera��es na parte infralegal, sem precisar mexer no monop�lio, para dar maior liberdade � INB para fazer parcerias.

Quais s�o as empresas interessadas em atuar no Pa�s em parceria com a INB?

Participei de um congresso em Londres, reunindo empresas do setor, e conversei com diversas que podem vir a se tornar parceiros na INB. Tivemos os primeiros contatos, com excelente retorno, e temos agendadas at� fim do ano reuni�es com empresas francesas, canadenses e japonesas. J� temos hoje parcerias no mercado internacional com companhias coreanas e americanas. Vamos sentar com esses parceiros e conversar, ver como podemos desenvolver no mercado brasileiro essa parceria.

J� h� parcerias da INB com o setor privado hoje?

A INB j� pode estabelecer parcerias, dentro da estrutura legal, em qualquer local em que o elemento principal n�o seja ur�nio. O exemplo � Santa Quit�ria (CE), uma mina de fosfato com ur�nio associado - a cada 1.000 partes minerais, 900 s�o fosfato e 100 s�o ur�nio. Retomamos esse projeto e estamos refazendo toda a parte da engenharia do projeto com Fosnor, do Grupo Galvani. Ser� muito bom, pois o Brasil hoje � importador de fosfato.

O que pode ser feito no �mbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)?

� importante que tenhamos parcerias na prospec��o e minera��o de ur�nio. Apenas um ter�o do territ�rio nacional foi prospectado. Existe uma grande diferen�a em falar de recurso mineral e reserva. Recurso � quando voc� sabe que existe min�rio. Reserva � quando o potencial foi medido, voc� diz quantos milh�es de toneladas de min�rio existem na �rea. Reservas t�m viabilidade econ�mico-financeira e atraem investimento.

A minera��o de ur�nio � segura?

A Cnen (Comiss�o Nacional de Energia Nuclear) e o Ibama acompanham isso. Tem normas para isso, fiscais muito ativos. O ur�nio natural, encontrado onde a gente trabalha, tem porcentual baixo de radioatividade e n�o causa problema. Em Caetit�, a radia��o n�o � danosa ao ser humano, est� dentro de um n�vel perfeitamente aceit�vel.

Por que h� cinco anos n�o mineramos ur�nio?

� f�cil dizer que a culpa � dos outros, mas vamos ser pragm�ticos. Quando temos uma planta de minera��o, precisamos de tr�s coisas: licenciar a mina, o local onde ficar� o rejeito e a planta qu�mica. Em Caetit�, houve um desencontro: �s vezes, t�nhamos licenciamento da planta qu�mica, mas n�o da mina ou do dep�sito de rejeitos. Agora, estamos trabalhando nessas tr�s vertentes para p�r todas no mesmo patamar de trabalho. Acredito fortemente que vamos voltar a produzir ur�nio at� o fim do ano.

O sr. apoia o fim do monop�lio constitucional da Uni�o sobre o ur�nio?

Vamos fazer as coisas com a devida cautela. Para mexer no marco legal, precisa de Proposta de Emenda Constitucional (PEC), e isso passa pelo Congresso. Essa op��o de flexibilizar � para agilizar o processo em um primeiro momento. Mas a nossa percep��o � que essa mat�ria, em termos de Congresso, n�o teria toda a dificuldade que se imagina.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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