O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deixou a audi�ncia p�blica da qual participava na C�mara escoltado por seguran�as, que impediram a aproxima��o de jornalistas e de ativistas que queriam entregar a Salles a peti��o com 1,1 milh�o de assinaturas contra o leil�o de petr�leo na �rea de Abrolhos.
Durante quase quatro horas de audi�ncia, Salles foi extremamente criticado por parlamentares da bancada ambientalista.
O ministro voltou a defender as bandeiras do governo, dizendo que a Amaz�nia precisa buscar a preserva��o com desenvolvimento e culpou governos anteriores pela falta de recursos dos �rg�os ambientais e a��es criminosas na regi�o.
Sobre o Fundo Amaz�nia, programa que financia a prote��o da floresta com recursos da Noruega e Alemanha, Ricardo Salles disse que o governo alem�o sinalizou que teria interesse em manter a iniciativa.
O ministro havia se comprometido em receber a peti��o com as assinaturas contra o leil�o de petr�leo em Abrolhos, mas se retirou sem falar com os ativistas.
Leil�o de petr�leo em Abrolhos
Nesta quarta-feira, 9, 14 institui��es socioambientais lan�aram uma carta p�blica � Ag�ncia Nacional de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP), na v�spera do leil�o da 16� Rodada de Licita��es de Blocos Explorat�rios contra a inclus�o de blocos localizados no entorno do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, litoral sul da Bahia (�rea com a mais rica biodiversidade do Atl�ntico Sul).
No documento endere�ado ao diretor-geral da ANP, D�cio Fabr�cio Oddone da Costa, as organiza��es lembram que o Minist�rio P�blico Federal (MPF) j� prop�s, em 18 de setembro de 2019, uma a��o civil p�blica pedindo essa medida. O processo se baseia no princ�pio da precau��o e da preven��o e aponta, entre outras amea�as, que, em caso de acidente com derramamento de �leo, os impactos f�sicos, biol�gicos e socioambientais podem se estender ao litoral norte e sul da Bahia e � costa do Esp�rito Santo.
"Isso inclui o complexo recifal do Banco de Abrolhos, que apresenta a maior biodiversidade marinha do oceano Atl�ntico Sul. O estudo aponta tamb�m riscos de impactos irrevers�veis em manguezais e outros recifes de corais, com preju�zos � economia e � sa�de das popula��es locais", declaram as 14 organiza��es ambientais.
O documento � assinado por Greenpeace, Frente por uma Nova Pol�tica Energ�tica para o Brasil, International Rivers Brasil, Opera��o Amaz�nia Nativa (OPAN), F�rum de Mudan�as Clim�ticas e Justi�a Socioambiental (FMCJS), F�rum Brasileiro de Ongs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambiente (FBOMS), Associa��o Alternativa Terrazul, Comit� de Energia Renov�vel do Semi�rido (Cersa), Instituto Madeira Vivo (IMV), Sociedade Angrense de Prote��o Ecol�gica (Sap�), Instituto Augusto Carneiro, Movimento Paulo Jackson - �tica, Justi�a, Cidadania, Articula��o Antinuclear Brasileira e Instituto Panamericana do Ambiente e Sustentabilidade.
As institui��es pedem ainda anula��o de blocos leiloados no dia 10 de setembro na Amaz�nia Legal e demais �reas ambientalmente sens�veis. "� inadmiss�vel que o Governo coloque em risco nosso patrim�nio natural para que empresas lucrem com a explora��o de uma fonte de energia f�ssil, e dos maiores vetores de mudan�as clim�ticas no mundo", declaram, no documento.
A ANP n�o se manifestou sobre o assunto.
O leil�o da quinta-feira, 10, est� mantido, embora a Justi�a Federal na Bahia tenha determinado que a ANP informe que os blocos na regi�o de Abrolhos est�o "jub judice", por conta da a��o do MPF.
ECONOMIA