(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Metade dos brasileiros vive com R$ 413 mensais; desigualdade atinge n�vel recorde

No outro extremo, o 1% mais rico - somente 2,1 milh�es de pessoas - tinha renda m�dia de R$ 16.297 por pessoa


postado em 16/10/2019 11:51 / atualizado em 16/10/2019 12:56

Em todo o país, 10,4 milhões de pessoas (5% da população) sobrevivem com R$ 51 mensais, em média(foto: Pixabay/Divulgação)
Em todo o pa�s, 10,4 milh�es de pessoas (5% da popula��o) sobrevivem com R$ 51 mensais, em m�dia (foto: Pixabay/Divulga��o)

A desigualdade de renda no pa�s alcan�ou patamar recorde em 2018, dentro da s�rie hist�rica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A metade mais pobre da popula��o, quase 104 milh�es de brasileiros, vivia com apenas R$ 413 mensais, considerando todas as fontes de renda.

No outro extremo, o 1% mais rico - somente 2,1 milh�es de pessoas - tinha renda m�dia de R$ 16.297 por pessoa. Ou seja, essa pequena fatia mais abastada da popula��o ganhava quase 40 vezes mais que a metade da base da pir�mide populacional.

Em todo o pa�s, 10,4 milh�es de pessoas (5% da popula��o) sobrevivem com R$ 51 mensais, em m�dia. Se considerados os 30% mais pobres, o equivalente a 60,4 milh�es de pessoas, a renda m�dia per capita subia a apenas R$ 269.

Mesmo passada a crise econ�mica, a desigualdade se agravou. A renda domiciliar per capita dos 5% mais pobres caiu 3,8% na passagem de 2017 para 2018. Ao mesmo tempo, a renda da fatia mais rica (1% da popula��o) cresceu 8,2%.

O �ndice de Gini da renda domiciliar per capita - medida de desigualdade de renda numa escala de 0 a 1, em que quanto mais perto de 1 maior � a desigualdade - subiu de 0,538 em 2017 para 0,545 em 2018, patamar auge na pesquisa.

Os mais pobres ficaram mais pobres, os mais ricos ficaram mais ricos, confirmou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad. Para a pesquisadora, o fen�meno tem rela��o com a crise no mercado de trabalho, que afetou especialmente o extrato de trabalhadores com menor qualifica��o e menor remunera��o.

"Continuam no mercado de trabalho aqueles que ganham mais", justificou Maria Lucia Vieira.

Quando come�ou a melhora na gera��o de vagas, os desempregados que conseguiram retornar ao mercado de trabalho passaram a ganhar menos em fun��es semelhantes ou a atuar em postos informais, que tamb�m remuneram menos.

"Quando as pessoas perdem seus trabalhos, elas v�o arrumar outras ocupa��es em que elas consigam ter alguma remunera��o. Se o momento tem mais demanda por trabalho do que oferta, as pessoas acabam aceitando trabalhos com remunera��es mais baixas", explicou a gerente da Pnad.

Com mais pessoas trabalhando, a massa de renda de todas as fontes cresceu de R$ 264,9 bilh�es em 2017 para R$ 277,7 bilh�es em 2018. Como a concentra��o de renda aumentou, os 10% mais pobres detinham apenas 0,8% da massa de rendimentos, enquanto que os 10% mais ricos concentravam 43,1% desse bolo.

Se considerados apenas os trabalhadores com renda do trabalho, a fatia de 1% mais bem remunerada recebia R$ 27.744 mensais, o que corresponde a 33,8 vezes o rendimento dos 50% dos trabalhadores com os menores rendimentos, que recebiam, em m�dia, R$ 820, menos que o sal�rio m�nimo em vigor no ano. A diferen�a foi a maior da s�rie hist�rica da pesquisa.

O �ndice de Gini da renda do trabalho tamb�m registrou piora na passagem de 2017 para 2018, subindo de 0,501 para 0,509 no per�odo, o patamar mais elevado da s�rie.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)