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Estado de Minas ECONOMIA

Unick Forex � alvo de opera��o da PF por esquema de pir�mide financeira


postado em 17/10/2019 16:49

Dez pessoas ligadas � c�pula da Unick Forex foram presas nesta quinta-feira, 17, na Opera��o Lamanai, da Pol�cia Federal. A empresa sediada em S�o Leopoldo, no Rio Grande do Sul, vinha sendo investigada por atuar no mercado financeiro paralelo, sem autoriza��o das autoridades competentes, com a capta��o ilegal de recursos de cerca de um milh�o de clientes, a maioria do sul do Pa�s.

A estimativa da Pol�cia Federal � que as capta��es da Unick chegaram a R$ 2,4 bilh�es. O grupo tinha um escrit�rio no para�so fiscal de Belize e planos de expans�o para o exterior. As promessas de lucro garantido e pr�mio mediante a indica��o de outros investidores apontam para um esquema de pir�mide financeira.

Com o apoio da Receita Federal a opera��o identificou capta��es que chegaram a R$ 40 milh�es por dia desde 2017 pela Unick, classificada pela PF como "organiza��o criminosa". A empresa usava as redes sociais e aplicativos como o WhatsApp para enviar v�deos e ofertas.

O dinheiro dos investidores era aplicado no chamado mercado de Foreign Exchange (Forex), de compra e venda de moedas, opera��es somente autorizadas �s institui��es financeiras oficiais. Esse tipo de oferta deve ser registrada na Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM), �rg�o regulador do mercado de capitais, assim como a corretora que quiser atuar nesse mercado. Sem registro, a oferta � ilegal. Hoje n�o h� institui��o brasileira autorizada a atuar em Forex.

Cerca de 200 policiais federais cumpriram 65 mandados de busca e apreens�o (inclusive de bens, im�veis e R$ 50 milh�es em bitcoins) e dez de pris�o tempor�ria nas cidades de Porto Alegre, Canoas, S�o Leopoldo, Caxias do Sul (RS), Curitiba (PR), Bragan�a Paulista (SP), Palmas (TO) e Bras�lia (DF). Tamb�m foram executadas medidas judiciais cautelares para apreens�o de ve�culos, sequestro de bens e bloqueio de valores em contas correntes.

O inqu�rito policial contra a Unick foi instaurado em janeiro deste ano e apurou que os clientes do grupo eram atra�dos pela promessa de retorno de 100% sobre o valor investido, no prazo de seis meses. A capta��o de recursos estava estruturada como pir�mide financeira, esquema em que os novos investidores subsidiam os pagamentos de remunera��o daqueles que j� aplicaram recursos h� mais tempo.

A Unick � tamb�m alvo de um processo administrativo sancionador aberto pela CVM em abril, por emitir e distribuir valores mobili�rios sem autoriza��o. Em mar�o a autarquia chegou a emitir alerta de atua��o irregular ao mercado, mas a Unick e seus s�cios continuaram captando recursos populares sem autoriza��o. Depois disso, emitiu stop order (ordem de suspens�o) de oferta, mas que tamb�m n�o surtiu efeito, levando a CVM a processar o grupo.

A empresa e os respons�veis acusados no processo da CVM - Leidimar Lopes, Alberi Pinheiro e Fernando Lusvarghi - encaminharam propostas de termo de compromisso (acordo) ao �rg�o regulador, ainda em an�lise. O grupo usava famosos como a cantora Simony, ex-l�der do Bal�o M�gico, como garotos-propaganda.

Segundo a PF, ao longo da investiga��o foram identificadas al�m da capta��o irregular de poupan�a popular ind�cios de outras pr�ticas criminosas como evas�o de divisas e lavagem de dinheiro. Os presos na Opera��o Lamanai dever�o responder ainda pelos crimes de organiza��o criminosa, crime contra o sistema financeiro e crime contra a economia popular, de al�ada estadual.

At� o fechamento deste texto, a reportagem n�o havia obtido o posicionamento dos citados.


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