O secret�rio de Fomento e Apoio a Parcerias de Entes Federativos da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (SPPI), Wesley Callegari Cardia, afirmou que a Lotex era uma "pedra no sapato" do programa ap�s duas tentativas de leil�es fracassadas antes da conclus�o do certame nesta ter�a-feira, 22, na B3. Ele lembrou que somente neste m�s o PPI realizou dois leil�es com "total sucesso".
"E este, exatamente, da Lotex, era uma pedra no nosso sapato. Porque estava trancado na garganta n�s termos falhado. Para n�s era um n� na garganta que hoje finalmente foi engolido", admitiu Cardia, em coletiva de imprensa.
De acordo com ele, o PPI tem hoje uma marca internacional junto a empresas, investidores, fundos de investimento internacionais e soberanos, que creditam ao programa a marca de garantia de que os processos s�o bem feitos e com seguran�a. Ele enfatizou ainda a parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), respons�vel por organizar o leil�o.
O PPI detinha 272 ativos, dos quais restam 116, j� considerando o leil�o da concess�o da Lotex. "At� hoje, tivemos rar�ssimos casos de leil�o deserto. No caso da Lotex, foi deserto por duas vezes porque n�o havia sido provavelmente t�o ligado ao que o mercado deseja. Isso � fundamental", explicou o secret�rio do PPI.
Cardia ponderou ainda que a despeito de o leil�o da Lotex ter atra�do apenas um cons�rcio interessado, � formado pelos maiores operadores do mundo no mercado de loteria instant�nea. "� muito importante que parceiros sejam conhecedores e tenham tamanho e envergadura para que o neg�cio d� certo", acrescentou.
O chefe do Departamento de Estrutura��o de Parcerias 1 do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Guilherme Albuquerque, discordou de que o leil�o da Lotex tenha dado errado por ter atra�do apenas um interessado. "Foi um sucesso. Atra�mos os dois maiores em loteria instant�nea do mundo. Eles v�o investir no Brasil e est�o tomando risco. Acreditam no Pa�s", avaliou.
Segundo Albuquerque, o Brasil � o maior mercado de loterias instant�neas ainda n�o explorado. Afirmou ainda que, embora tenham ocorrido dois 'leil�es desertos' em ocasi�es anteriores, nenhum centavo foi mudado do estudo feito pelo BNDES, respons�vel pelo leil�o.
Ele ponderou, contudo, que a mudan�a no parcelamento da outorga, que passou de quatro para oito presta��es anuais, contribuiu para atrair o cons�rcio interessado ap�s rodadas de investidores em Londres e Las Vegas junto �s maiores operadoras do mundo em loterias instant�neas.
O Cons�rcio Estrela Instant�nea, formado pela IGT, controlada por um grupo italiano, e a americana Scientific Games, v�o desembolsar um total de cerca de R$ 818 milh�es para explorar a Lotex por 15 anos.
�nico interessado, levou a concess�o da chamada raspadinha sem �gio, pelo m�nimo exigido para a primeira parcela da outorga, de R$ 96,969 milh�es, e mais sete pagamentos anuais de R$ 103 milh�es, corrigidos pelo IPCA. A cifra total, de R$ 818 milh�es, corresponde ao valor presente do m�nimo exigido de R$ 542,1 milh�es.
Segundo o Secret�rio de Planejamento, Energia e Loteria do Minist�rio da Economia, Alexandre Manoel, mais importante do que a outorga paga � o faturamento que ser� gerado pela Lotex nos 15 anos de concess�o, estimado em R$ 112 bilh�es. Do total, a Uni�o ficar� com R$ 23 bilh�es, a valor presente e considerando tributos.
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