
Em setembro, o n�mero m�dio de d�vidas em Minas foi de 1,92. J� em id�ntico m�s do ano passado, era de 2,02 no estado. A compara��o com agosto deste ano indicou redu��o de 0,43% do indicador mineiro. Na avalia��o da CNC, as libera��es dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS) e a melhora da gera��o de empregos no pa�s interromperam a trajet�ria de crescimento do endividamento das fam�lias que vinha acompanhando a expans�o das concess�es de cr�dito.
“Os recursos extras advindos do FGTS e PIS/Pasep, somados � sazonalidade positiva no mercado de trabalho, favoreceram a redu��o do endividamento”, observou a institui��o em nota. A queda ocorreu depois de uma sequ�ncia de nove meses consecutivos de alta do n�mero de devedores. No caso dos mineiros, a pesquisa se refere a setembro e, segundo o presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, reflete um esfor�o dos endividados, combinado ao recuo dos �ndices de infla��o.
“Com um ambiente mais favor�vel, os mineiros est�o buscando sair do cadastro de devedores. Mesmo com o or�amento ainda apertado, os consumidores v�m tentando regularizar sua situa��o financeira e pagar suas d�vidas para voltar ao mercado de cr�dito e de consumo”, disse Marcelo de Souza e Silva.
Quando analisados os resultados da pesquisa do SPC no estado por g�nero do devedor, houve retra��o entre homens e mulheres. entre agosto e setembro deste ano. O endividamento dos homens caiu 5,71%, enquanto o das mulheres teve redu��o de 4,89%. Segundo a CDL/BH, o motivo da queda menos intensa do g�nero feminino se deve �s diferen�as existentes no mercado de trabalho.
Empresas
Se as d�vidas dos mineiros ca�ram em setembro de 2019 em rela��o ao mesmo m�s de 2018, as empresas no estado seguem no caminho contr�rio. Segundo o levantamento da Cespc, o aumento foi de 1,89%. O crescimento, entretanto, se mostrou menos intenso que o observado em outros anos.
“Mesmo com alguns indicadores em patamares melhores do que os observados nos anos anteriores, n�o est� sendo suficiente para que as empresas consigam quitar todos os seus d�bitos e deixarem a base de devedores, mas o ambiente est� mais favor�vel”, diz a pesquisa.
Cart�o de cr�dito
O levantamento feito pela CNC em todo o pa�s apontou que as fam�lias com d�vidas ou contas em atraso passaram de 24,5%, em setembro, para 24,9%, em outubro, e aumentaram tamb�m aquelas que declararam n�o ter condi��es de pagar as contas ou d�vidas atrasadas e que, portanto, continuar�o inadimplentes. O percentual passou de 9,6%, em setembro, para 10,1% neste m�s.
A economista da CNC Marianne Hanson explica que apesar de o m�s ter registrado a primeira queda do ano em rela��o ao percentual de fam�lias endividadas, os dados mostram que o comprometimento da renda continua muito alto. Quando a an�lise � feita a partir das faixas de renda, segundo a pesquisa, o n�mero de endividados caiu entre as fam�lias que ganham at� dez sal�rios m�nimos. J� entre aquelas fam�lias com rendimentos acima de dez sal�rios m�nimos, o endividamento continuou aumentando.
O cart�o de cr�dito permanece, na vis�o da maioria das fam�lias, como o principal tipo de d�vida, citado por 78,9% da amostra da pesquisa. Em seguida, aparecem os carn�s, como endividamento principal para 15,5% das fam�lias e o financiamento de carro, citado por 9,5%.
