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Estado de Minas ECONOMIA

Para IBGE, recupera��o do emprego por carteira assinada est� longe

Segundo o instituto, a propor��o de trabalhadores que contribuem para a Previd�ncia Social caiu a 62,3% no terceiro trimestre de 2019, o menor patamar desde 2012


postado em 31/10/2019 13:37 / atualizado em 31/10/2019 15:10

(foto: Gladyston Rodrigues/EM)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM)
Apesar de ter alcan�ado patamar recorde de pessoas trabalhando, o mercado de trabalho ainda mostra apenas melhora quantitativa, e n�o qualitativa do emprego, avaliou Adriana Beringuy, analista da Coordena��o de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A propor��o de trabalhadores ocupados contribuindo para a Previd�ncia Social caiu a 62,3% no trimestre encerrado em setembro, menor patamar desde 2012, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua).

"Essa � outra forma de ler estruturalmente o mercado de trabalho. Voc� tem expans�o de ocupa��o, que por sua vez n�o � acompanhada por aumento na contribui��o previdenci�ria", lembrou Adriana Beringuy. "Ocupa��o vem crescendo baseada em trabalhadores por conta pr�pria, informais, sem carteira assinada no setor privado", acrescentou.

Embora o pa�s tenha atingido no trimestre encerrado em setembro o maior contingente de pessoas trabalhando, 93,801 milh�es de brasileiros, o mercado de trabalhou registrou tamb�m um n�vel recorde de 38,806 milh�es de trabalhadores atuando na informalidade. O levantamento, considerado uma proxy da informalidade, inclui os empregados do setor privado sem carteira assinada, os trabalhadores dom�sticos sem carteira assinada, os trabalhadores por conta pr�pria sem CNPJ, os empregadores sem CNPJ e o trabalhador familiar auxiliar.

"Est� longe de ter recupera��o de carteira, de ter aumento de contribui��o previdenci�ria e todos os desdobramentos que isso pode trazer para o mercado de trabalho", confirmou Beringuy.

Um dos desdobramentos do avan�o da informalidade � a estabilidade da renda do trabalhador. A massa de sal�rios cresce porque h� mais gente trabalhando, mas a renda permanece est�vel porque esses trabalhadores informais normalmente t�m rendimentos mais baixos do que os formais.

"Menor rendimento est� associado a menor consumo, que pode estar associado a menor demanda da produ��o, e por a� vai", lembrou a pesquisadora do IBGE. "A melhora quantitativa (no emprego) � not�vel. Tem mais pessoas trabalhando. A quest�o � que quando vamos analisar a forma de inser��o desses trabalhadores", ponderou.

Desde 2017, o mercado de trabalho conseguiu recuperar o movimento de sazonalidade, ou seja, aumento na taxa de desemprego no in�cio do ano, que recua conforme aumentam as contrata��es no decorrer dos meses, descendo ao menor patamar no encerramento do ano. Embora essa retomada da sazonalidade seja positiva, a melhora ainda � insuficiente para reverter a deteriora��o passada, fazendo a desocupa��o retornar ao n�vel pr�-crise.

"A popula��o desocupada ainda est� distante do menor valor, que foi l� em 2013. Apesar de a desocupa��o estar caindo, voc� ainda permanece com o dobro desse contingente em rela��o ao menor valor, que foi em 2013. A gente n�o tem como precisar quantos trimestres s�o necess�rios para eu voltar a esse patamar. O m�ximo j� ficou pra tr�s, e estamos em trajet�ria de queda", observou Beringuy.

A popula��o desempregada alcan�ou 12,515 milh�es no terceiro trimestre de 2019. O resultado � mais que o dobro do piso registrado no quarto trimestre de 2013, antes da crise, quando havia 6,013 milh�es de desocupados no Pa�s.


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