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Estado de Minas ECONOMIA

Reformas v�o dar ao Pa�s seguran�a para enfrentar crise internacional, diz BC


postado em 08/11/2019 12:47

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 8, a empres�rios italianos que as reformas que est�o sendo feitas no Brasil v�o dar "seguran�a importante" para que o pa�s enfrente a crise internacional. Ele destacou ainda que a atual desacelera��o da corrente comercial global � algo n�o visto "h� muito tempo".

Segundo ele, o mundo vive momento de grande tens�o global, mas afirma que o mercado entendeu que isso significaria um crescimento menor para frente. E as empresas se readaptaram. "O que a gente v� hoje na tens�o comercial � que algumas empresas mudam a forma de comercializar alguns produtos. Saindo da China, indo pra Vietn�, Mal�sia. Quando altera a cadeia, voc� tem que se readaptar at� voltar o elo de supply chain de antes", disse.

Campos Neto disse ainda que h� hoje uma "guerra" de discursos entre os pa�ses que se dizem menos afetados pela guerra comercial. Para ele, toda a cadeia global foi afetada . E destaca que mesmo os n�meros um pouco melhores do FMI sobre a atividade global, na verdade, apontam para uma melhora apenas na �sia. "Quando a gente olha mundo desenvolvido e Am�rica Latina n�o tem nenhuma mudan�a", comentou.

Ele criticou ainda a press�o para que o governo entre com mais for�a para estimular o crescimento. "Fazer fiscal para crescer tem como efeito colateral mais desequil�brio fiscal", disse.

Ajuste de previs�o a choques

O presidente do Banco Central afirmou ainda que, ajustando as previs�es para o crescimento deste ano aos choques sofridos pela economia, o pa�s "n�o est� t�o longe do previsto". Ele ressaltou que o governo quer que o Brasil tenha crescimento mais sustent�vel, baseado em investimento privado e que, por isso, a retomada ser� mais lenta. "O crescimento n�o vai ser t�o r�pido, mas a qualidade do crescimento ser� melhor", disse.

Segundo o presidente da autoridade monet�ria, quando era o governo que estimulava o crescimento, a resposta dos setores era mais r�pida, pelo receio de que o incentivo fosse retirado. Por outro lado, tinha o efeito negativo de ser pouco eficiente. "Quando o crescimento � feito com inje��o de dinheiro do governo ele n�o � t�o bem alocado, afeta produtividade", disse.

Ele reconheceu que o Produto Interno Bruto (PIB) p�blico tem ca�do mais que o esperado - cerca de 1% na ponta - e afetado a atividade. Por outro lado, ponderou que o PIB do setor privado est� subindo acima do estimado, cerca de 2%.

Campos Neto apontou que o BC quer ajudar a retirar entraves para dar "uma boa situa��o" para o setor de infraestrutura e para melhorar o financiamento imobili�rio. Citou ainda como positiva a mudan�a no mercado de capitais. "Pela primeira vez, temos mais investidor em bolsa do que presidi�rios no Pa�s", afirmou.

Custo do cr�dito

O presidente do Banco Central disse a empres�rios italianos que h� propostas no Congresso Nacional que t�m bons pontos na dire��o de baratear o custo do cr�dito no Pa�s. Ele citou como exemplo a transforma��o da recupera��o de cr�dito em processo extrajudicial. E emendou que o BC trabalha em medidas que devem "sair em breve".

Campos Neto afirmou que, hoje, o Brasil tem uma baixa recupera��o do cr�dito inadimplente em um prazo longo - uma m�dia de 15% de recupera��o em 4 anos. Na m�dia dos pa�ses emergentes, apontou, o porcentual chega a ser de 50%. "Na pr�tica, a recupera��o de cr�dito inadimplido gera perda de principal, o que leva a spread alto no Brasil", disse, completando: "Levar quatro anos para recuperar cr�dito n�o d�."

Ele apontou ainda que a falta de informa��o clara sobre o tomador afeta o custo do cr�dito. Para ele, o open banking deve endere�ar isso. "O open banking � o grande pulo para remover informa��o assim�trica e gerar queda no custo do cr�dito no Brasil", disse.


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