A XP Investimentos protocolou o pedido de registro para realizar sua oferta inicial de a��es (IPO, na sigla em ingl�s) na Securities and Exchange Commission (SEC, �rg�o regulador do mercado de capitais americano). As a��es da companhia dever�o ser precificadas na segunda semana de dezembro. A companhia confirma que a oferta ser� realizada na Nasdaq, bolsa americana conhecida por abrigar empresas de tecnologia. O IPO da XP foi antecipado pela Coluna do Broadcast.
O prospecto preliminar da oferta ainda n�o traz detalhes sobre a opera��o, tal como volume a ser vendido ou faixa indicativa de pre�o, mas mostra que a oferta ser� prim�ria, com a venda de novas a��es que injetar� recursos no caixa da companhia; e secund�ria, com a venda de a��es existentes.
Vender�o a��es os s�cios controladores da XP, e os fundos de private equity General Atlantic e Dynamo. Ita� Unibanco, s�cio minorit�rio da corretora, como esperado, n�o vender�.
No documento, a XP aponta que suas a��es ser�o divididas em duas classes, sendo que os detentores das a��es da "classe B" ter�o 10 vezes mais votos do que os que tiverem as a��es "classe A". Essa estrutura � denominada no mercado como uma a��o "super ordin�ria" e tem sido utilizada nos IPOs de empresas de tecnologia. Esse modelo, contudo, n�o � permitido pela legisla��o brasileira. Assim, no IPO ser�o vendidas apenas as a��es da "classe A". O prospecto diz que as a��es da XP Controle s�o de "classe B", ao passo que as detidas pelo Ita�, que possui 49% da XP, e o fundo General Atlantic ter�o suas a��es divididas entre pap�is de classe A e B.
Clientes
A XP informa que possui 1,5 milh�o de clientes ativos, por meio de suas tr�s marcas, a pr�pria XP, Rico e Clear. Ao todo s�o R$ 350 bilh�es sob cust�dia, receita de R$ 3,7 bilh�es e lucro l�quido de R$ 699 milh�es de janeiro a setembro.
Da oferta prim�ria, que injetar� recursos no caixa da XP, o prospecto aponta que o objetivo � o lan�amento de novos servi�os, como banco digital, pagamentos e seguros. Al�m disso, os recursos poder�o financiar potenciais aquisi��es e acelerar a busca de novos clientes.
Em carta no prospecto, o presidente e fundador da XP, Guilherme Benchimol, destaca a hist�ria da companhia fundada por ele quando tinha 24 anos. Benchimol diz que aprendeu a "sonhar grande" e que a vis�o da XP era de ser disruptiva em um mercado concentrado no sistema banc�rio. Em 2017, a XP chegou a fazer o pedido para abrir o capital na bolsa brasileira, mas os planos foram interrompidos com a proposta de compra de uma fatia feita pelo Ita�. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
ECONOMIA