A Klabin divulgou ontem uma previs�o de investimentos para 2020 de R$ 4,7 bilh�es, um crescimento de mais de 80% em rela��o ao valor deste ano, de R$ 2,6 bilh�es. No Klabin Day - dia dedicado � apresenta��o da empresa a investidores -, executivos da companhia informaram que a aporte de capital se concentrar� no projeto Puma II, que consumir� um total de R$ 3,8 bilh�es.
O projeto Puma II ser� constru�do no mesmo complexo fabril da unidade inaugurada em 2016 na cidade de Ortigueira (regi�o central do Paran�). O investimento total projetado � de R$ 9,1 bilh�es, sendo que R$ 6 bilh�es dever�o ser aportados at� junho de 2021, de acordo com a companhia. O novo empreendimento vai abrigar duas m�quinas de papel para embalagens, com produ��o de celulose integrada.
O presidente da Klabin, Cristiano Teixeira, destacou o cen�rio favor�vel em um cen�rio de substitui��o de certos produtos pl�sticos por op��es de papel, mais sustent�veis. "Substitui��o de pl�stico de uso �nico � realidade", afirmou, lembrando que o processo est� mais adiantado na Europa e na China, mas que j� chega aos EUA e � Am�rica Latina.
Segundo o executivo, o mercado de pl�stico � de 400 milh�es de toneladas ao ano. "Desse total, 160 milh�es de toneladas s�o de pl�sticos destinados a embalagem de uso �nico. Esse � o foco. Para isso (a substitui��o por produtos de papel) que a gente tem investido muito em pesquisa e desenvolvimento."
Depois de um per�odo de baixa, o diretor comercial de celulose da Klabin, Jos� Soares, afirmou que o mercado deve caminhar para uma estabilidade nos pre�os nos pr�ximos meses, com recupera��o mais adiante. "No segundo trimestre h� alguma possibilidade de rea��o nos pre�os", disse. Para ele, uma recupera��o mais vigorosa dos pre�os s� dever� vir a partir do segundo semestre de 2020.
Brasil
Diante desse atual cen�rio de pre�o, a expectativa � que o mercado brasileiro tenha uma participa��o maior nas receitas da Klabin no ano que vem, afirmou Teixeira. Esse �nimo para a economia do Pa�s dever� vir sobretudo da recupera��o da constru��o civil, frisou o executivo.
"A economia nacional est� muito forte para n�s", disse Teixeira, durante o Klabin Day. "Nossa unidade de papel ondulado e sacos industriais bateu recorde em outubro e em novembro", disse. "E estamos recebendo pedidos para dezembro, o que n�o � normal (pois os pedidos de fim de ano costumam ser antecipados)."
O executivo tamb�m afirmou que a Klabin tem o cen�rio de come�ar a produ��o de papel no exterior, mas sem dar detalhes de como essa opera��o ser� viabilizada.
A��es
O banco HSBC manteve ontem a recomenda��o do papel da Klabin, com pre�o-alvo de R$ 21,75, o que implica em potencial alta de 23% em rela��o ao �ltimo fechamento. Diante dos dados do Klabin Day, as units da fabricante de papel chegaram a subir mais de 1% durante o preg�o. No fechamento, a alta foi de 0,23%, com cota��o de R$ 17,70.
Fam�lia tenta comprar marca
O presidente da Klabin, Cristiano Teixeira, afirmou que a empresa ainda tem interesse em comprar a marca Klabin. Isso porque o uso do nome, hoje, acarreta desembolsos milion�rios � fam�lia em royalties. "A dire��o da companhia procurou o detentor da marca h� dois anos. Temos o interesse em sermos propriet�rios. Faz todo sentido para n�s sermos o detentor da marca", afirmou Teixeira, ontem, durante o Klabin Day. De acordo com o executivo, o interesse da empresa continua. "Foi criado de forma transparente dentro do conselho um grupo de seis membros para avaliar o tema. Assim que isso ocorrer, vai ser submetido ao conselho e ele tomar� uma decis�o." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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