O d�lar registrou nesta ter�a-feira, 26, forte oscila��o, influenciado por declara��es do ministro da Economia, Paulo Guedes. Mesmo ap�s duas interven��es do Banco Central, a moeda americana fechou cotada a R$ 4,24, alta de 0,61% - novo recorde hist�rico. No ano, a varia��o � de 9,52%, mas s� neste m�s o avan�o chega a 5,76%.
Em entrevista na segunda-feira em Washington, Guedes disse que o Pa�s deve se acostumar a conviver com um ambiente de juros baixos e d�lar mais alto. Foi a senha para o mercado "testar" um novo patamar para a moeda logo nos primeiros minutos de negocia��o. No in�cio da tarde, as cota��es chegaram a bater em R$ 4,27.
A manuten��o desse patamar acima de R$ 4 deve gerar novas incertezas para consumidores como a assistente de ensino Beatriz Pacheco. Com viagem marcada para os EUA em janeiro, ela deixou para comprar d�lares �s v�speras do embarque. "Eu n�o comprei porque fiquei na esperan�a de que fosse bater R$ 4."
As empresas tamb�m reclamam de uma poss�vel alta no pre�o dos insumos importados e da falta de previsibilidade para os neg�cios. "Sempre falo que o melhor d�lar � o d�lar est�vel, indiferente do valor", disse o presidente da Bosch na Am�rica Latina, Besaliel Botelho.
Economistas falam em outro efeito: a desacelera��o do ciclo de redu��o dos juros b�sicos em 2020. Jos� Francisco Lima Gon�alves, do Banco Fator, � um dos que n�o v� cortes da Selic al�m de 4,5% - a taxa � hoje de 5% e o Copom ainda tem reuni�o em dezembro.
Como acontece nas demais economias emergentes, o d�lar no Brasil tem subido puxado por fatores internacionais, como a disputa comercial entre EUA e China. Mas no caso brasileiro, segundo economistas, tamb�m tem pesado quest�es como a demora do governo Bolsonaro para avan�ar na aprova��o de novas reformas.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, se referiu ao comportamento do mercado como "disfuncional" e acenou com novas interven��es para corrigir "movimentos de curto prazo". "Essas interven��es n�o t�m capacidade de alterar movimentos de longo prazo, que t�m como origem bases macroecon�micas."
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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