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Estado de Minas ECONOMIA

Volatilidade � risco para neg�cio, diz empres�rio


postado em 27/11/2019 12:00

Maior fabricante de autope�as da Am�rica Latina, a Bosch teme pela volatilidade cambial que, na vis�o do presidente da companhia, Besaliel Botelho, pode atrapalhar tanto as importa��es quanto as exporta��es do grupo no Brasil.

Para ele, "d�lar bom � o d�lar est�vel, indiferente do valor em que esteja, pois as flutua��es tiram nossa previsibilidade". O grupo operava com cota��o de R$ 3,85 para o ano.

Segundo Botelho, a empresa importa bastante itens tecnol�gicos n�o produzidos no Pa�s e a volatilidade cambial "afeta negativamente o neg�cio". J� as exporta��es ca�ram 12% neste ano em raz�o do enfraquecimento de mercados como Europa e China, e a cota��o mais alta n�o altera esse quadro.

Daniel Amorim, diretor da cal�adista ga�cha Tabita, pensa diferente. H� cinco anos, s� um ter�o da produ��o era vendido ao exterior. Com a crise e a perda de f�lego do mercado interno, a situa��o se inverteu. Hoje a empresa exporta 75% da produ��o e comemora o d�lar favor�vel. Como a Tabita trabalha com poucos insumos importados, a alta do d�lar � mais ben�fica, avalia Amorim. "Estudamos reativar uma linha de produ��o que empregaria 120 pessoas."

Repasses

Empresas importadoras avaliam at� quando v�o conseguir evitar o repasse do aumento de custos ao consumidor. Dona da importadora de azeites e vinhos Sicilianess, Ana Salustiano diz que o consumidor est� resistente a aumentos de pre�os e que a maioria das empresas prefere absorver a alta do c�mbio. "Se repassar os custos n�o vendo."

Na ind�stria farmac�utica, que tem 95% de seus insumos importados, o clima � de apreens�o. As empresas projetavam que o d�lar estaria na casa dos R$ 3,70 no fim do ano e agora veem o custo de produ��o subir vertiginosamente. "Como h� controle de pre�os n�o tem como repassar os custos", diz Nelson Mussolini, do Sindicato da Ind�stria de Produtos Farmac�uticos (Sindusfarma).

Algumas empresas n�o devem conseguir segurar os reajustes. Jos� Kovacs, s�cio da C. Kovacs Ind�stria e Com�rcio conta que a resina pl�stica responde por um ter�o do custo de produ��o de escovas de dente. A mat�ria-prima � cotada em reais, mas, por derivar do petr�leo, sente a alta do d�lar.

Como tem 120 dias de estoque da mat�ria-prima, por enquanto a fabricante n�o vai enfrentar press�es de custos mas, se a moeda ficar acima de R$ 4, Kovacs diz que ter� de reajustar os pre�os em at� 8%. "N�o trabalho com preju�zo", afirma.

Dependente de componentes importados, o setor de eletroeletr�nicos tamb�m avalia que, no m�dio prazo, caso o real continue se desvalorizando frente ao d�lar, as fabricantes ter�o de reajustar pre�os, diz Jos� Jorge do Nascimento J�nior, da Eletros, entidade do setor.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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