(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Pre�o da carne n�o vai baixar, diz ministra


postado em 29/11/2019 07:03

O pre�o da arroba do boi gordo, que em S�o Paulo teve aumento real de 35% em um m�s, n�o vai mais retornar ao patamar anterior. A afirma��o � da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ela disse que a alta das exporta��es para a China teve forte impacto na valoriza��o da carne. O que tamb�m ajudou a puxar o aumento, segundo ela, teria sido a falta de reajuste nos pre�os nos �ltimos tr�s anos.

O presidente Jair Bolsonaro, em transmiss�o pela internet, declarou que a ministra garantiu que, daqui a tr�s ou quatro meses, o pre�o da carne voltaria � normalidade.
Algumas redes de supermercados t�m afirmado que a exporta��o de carne est� limitando a oferta da prote�na no Pa�s, al�m de inflacionar o produto. A rede paraense L�der colocou cartazes em suas 20 lojas de supermercados alertando os consumidores sobre problemas com o abastecimento de carne bovina, a alta dos pre�os e a falta dos produtos nas lojas.

Nos avisos, � informado que os frigor�ficos sobem os pre�os diariamente alegando aumento nas exporta��es. "Receb�amos tabelas de pre�os dos fornecedores duas vezes por m�s", diz Oscar Rodrigues, diretor do Grupo L�der. "Agora, elas chegam de dois em dois dias, com a carne sempre mais cara."

Segundo ele, o grupo abateu todas as cabe�as de gado de suas fazendas para minimizar o impacto da alta do pre�o. Havia cerca de 1.000 cabe�as que estavam em condi��es de abate. "Nossas margens est�o bastante reduzidas e fizemos o informativo em respeito ao cliente que, quando perceber o aumento, pode se sentir enganado", diz Rodrigues. "Nosso cliente � muito fiel e prezamos pela transpar�ncia."

A ministra nega falta de oferta para o mercado nacional. "N�o � verdade. Primeiro, o Brasil tem 215 milh�es de cabe�as de gado. Ent�o, n�o � um rebanho para acabar amanh�. Segundo, realmente o mercado chin�s mexeu com as exporta��es, e n�o s� da carne brasileira, mas da carne argentina, paraguaia, uruguaia. � muito grande a necessidade da China."

"Al�m de o Brasil abrir as exporta��es, temos de lembrar que o boi tinha um pre�o represado h� tr�s anos. O pecuarista estava tendo preju�zo nesse per�odo", declarou a ministra. "Antes, o produtor vendia uma arroba por R$ 140, em m�dia. O que aconteceu � que, nesse primeiro momento de abertura, com a China pagando um pre�o muito bom, houve esse momento, digamos, de euforia. Em S�o Paulo, uma arroba est� sendo vendida a R$ 231."

Em menos de tr�s meses, o contrafil� registrou �ndices de aumento acima de 50% e o cox�o mole, de 46%, no pre�o de custo que acaba sendo repassado ao consumidor, segundo a Associa��o Brasileira de Supermercados (Abras).

O Minist�rio da Agricultura afirmou que est� acompanhando de perto a situa��o e acredita que o mercado "vai encontrar o equil�brio". "N�o � papel do Minist�rio intervir nas rela��es de mercado. Os pre�os s�o regidos pela oferta e procura. Neste momento, o mercado est� sinalizando que os pre�os da carne bovina, que estavam deprimidos, mudaram de patamar", afirmou, em nota.

Questionada se continua a consumir carne vermelha, Tereza Cristina respondeu em tom de brincadeira: "Estou comendo frango. Agora, � s� frango".

Infla��o

Na avalia��o de economistas, a alta n�o s� da carne bovina como de outras mercadorias agr�colas - como feij�o (de 38,1%, no atacado, at� a metade de novembro), caf� (5,6%) e frango (3,2%) - deve colaborar para uma acelera��o da infla��o nos pr�ximos meses. "Deve haver alguma press�o na infla��o", diz Fabio Silveira, da Macro Sector. Ele estima que as altas dos pre�os dos alimentos, somadas aos dos combust�veis e energia el�trica, devem fazer com que 2020 comece com uma infla��o de 4% a 4,2%.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)