Pre�os de frango e peixe preocupam

O efeito do pre�o da carne vermelha, que subiu mais de 35% em um m�s em S�o Paulo, no valor da carne de frango e do peixe est� sendo analisado de perto pelo governo. A avalia��o � de que a infla��o de outras carnes seria um movimento natural de livre mercado, ou seja, com o aumento da procura por frango e tamb�m por peixe, � de se esperar que haja reajuste nos pre�os desses itens, principalmente nesta �poca de fim de ano.

No Minist�rio da Agricultura, a an�lise � de que o pre�o da carne vermelha dever� se estabilizar em um patamar de pre�os influenciado diretamente pelo custo internacional da prote�na. Hoje, o pre�o da arroba do boi gordo - o equivalente a 15 quilos de carne - oscila entre US$ 40 e US$ 50. Se considerada a cota��o desta sexta-feira, 29, com o d�lar a R$ 4,23, chega a um pre�o de at� R$ 201 pela arroba do boi.

Nesta semana, em S�o Paulo, a arroba, que era vendida at� o m�s passado por R$ 140, em m�dia, chegou a ser negociada por R$ 231 (algo em torno de US$ 54). Isso leva o governo a crer que haver�, depois da "euforia" com as importa��es chinesas, uma "acomoda��o" do pre�o no mercado nacional, mas sem retornar ao patamar anterior.

Na quinta-feira, 28, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que, al�m do efeito das exporta��es, � preciso considerar fatores internos, como o pre�o nacional cobrado pelo pecuarista, que estava sem reajuste h� tr�s anos, al�m da seca prolongada, que mexeu com a produ��o do boi gordo. "Sabemos que essa situa��o decorre de uma conjuntura de fatores. Agora, a arroba n�o vai baixar mais ao patamar que estava", disse.

Frango

A ministra ainda brincou com rep�rteres quando foi questionada se estava consumindo carne vermelha, Tereza Cristina respondeu: "Estou comendo frango. Agora, � s� frango".

O mercado chin�s tem apresentado uma varia��o brusca de pre�os. A tonelada da carne, que estava sendo exportada ao pa�s asi�tico pelo pre�o m�dio de R$ 7 mil, j� � negociada em R$ 6 mil.

O governo refuta qualquer risco de desabastecimento de carne no mercado nacional. O Pa�s tem hoje um rebanho de 215 milh�es de cabe�as de gado, ou seja, h� mais bois no pasto que cidad�os no Brasil.

Na avalia��o de economistas, a alta n�o s� da carne bovina como de outras mercadorias agr�colas - como feij�o (de 38,1%, no atacado, at� a metade de novembro), caf� (5,6%) e frango (3,2%) - deve colaborar para uma acelera��o da infla��o nos pr�ximos meses. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.