
O varejo brasileiro on-line faturou R$ 3,2 bilh�es com a campanha de megaliquida��es Black Friday deste ano, segundo levantamento feito pela consultoria Ebit/Nielsen. A receita se refere �s vendas registradas na quinta e na sexta-feira. O montante representa aumento de 23,6% em rela��o � edi��o de 2018 do evento, quando os neg�cios somaram R$ 2,6 bilh�es. No entanto, o gasto m�dio por consumidor caiu de R$ 608 para R$ 602, 1,1% a menos.
“Os n�meros da Black Friday comprovam que o evento j� faz parte do calend�rio de compras do brasileiro, com crescimento ano a ano”, disse a l�der da Ebit/Nielsen, Ana Szasz. “E as lojas mais tradicionais se mostraram mais preparados para o per�odo promocional, ao entender o que o mercado queria”, acrescentou.
As vendas tamb�m confirmam a tend�ncia de o consumidor adquirir produtos e servi�os a partir de dispositivos m�veis. A Ebit/Nielsen identificou que 55% dos pedidos foram feitos de celulares, ante 35% em 2018.
O faturamento via mobile, neste ano, chegou a R$ 1,7 bilh�o, enquanto no ano passado foi de R$ 830 milh�es, representando avan�o de 95%. O t�quete m�dio para compras por esse meio foi de R$ 574, frente aos R$ 552 do ano anterior, alta de 4%.
“J� v�nhamos falando ao longo do ano sobre mobile first (dispositivos m�veis em primeiro lugar) e do fato de essa Black Friday ter se consolidado como o evento no qual mais compras foram feitas por esse formato. Garantir uma boa experi�ncia mobile foi o diferencial para bons resultados”, explica Ana Szasz. Em Belo Horizonte, as estimativas s�o de que a megacampanha dever� injetar R$ 2,2 bilh�es no per�odo de vig�ncia.
As compras on-line nos Estados Unidos na sexta-feira, dia oficial da Black Friday, alcan�aram US$ 5 bilh�es, segundo dados preliminares divulgados pelo aplicativo Adobe Analytics. O resultado representa eleva��o de 22,3% na compara��o com o mesmo dia em 2018.
Os dados compilados pelo Adobe Analytics s�o do fim da tarde de sexta-feira e a proje��o da ferramenta � que as vendas totais cheguem a US$ 7,5 bilh�es. No feriado do Dia de A��o de Gra�as nos EUA, comemorado na quinta-feira, as receitas das varejistas on-line tamb�m cresceram. Dados levantados pelo aplicativo mostram que os americanos gastaram US$ 4,2 bilh�es naquele dia, 14,5% a mais na compara��o com a mesma data no ano passado, embora o resultado tenha ficado abaixo da previs�o de US$ 4,4 bilh�es. A ferramenta digital mensura transa��es de 80 das 100 maiores varejistas americanas que vendem produtos on-line.
Calend�rio Pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Getulio Vargas (FGV IBRE) indicam que os resultados da Black Friday s�o reflexo n�o s� de uma antecipa��o das vendas natalinas, como tamb�m do acr�scimo de vendas no �ltimo bimestre do ano. De acordo com a coordenadora das Sondagens do FGV IBRE, Viviane Seda Bittencourt, � poss�vel notar que, ap�s um per�odo de desconfian�a, o evento consolidou-se de vez no calend�rio do com�rcio.
“Em compara��o a 2018, alguns segmentos mostraram certa acomoda��o, mas, em rela��o a 2017, todos registram aumento da propor��o de empresas aderindo ao evento de descontos, exceto o setor de material para constru��o. Os destaques continuam sendo os segmentos de tecidos, vestu�rio e cal�ados e de m�veis e eletrodom�sticos. Este �ltimo, com aumento crescente no percentual de participa��o, chegando ao recorde de 81,9%”, destaca Viviane.
Quase 70% das empresas consultadas nos segmentos do varejo restrito consideram que a data aumentar� o volume de vendas de fim de ano, e n�o ser� apenas uma antecipa��o. Nos segmentos de m�veis e eletrodom�sticos e outros produtos varejistas, mais de 75% das empresas acreditam em aumento dos neg�cios.
O Ibre/FGV ouviu 1.783 consumidores, dos quais 92,6% conhecem a campanha Black Friday, abrang�ncia que vem aumentando desde 2017. Quanto � pretens�o de comprar produtos ou servi�os durante as promo��es deste ano, apenas 8,4% tinham certeza da compra.