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Estado de Minas ECONOMIA

Fundos cambiais s�o op��o para prote��o contra varia��o do d�lar


postado em 02/12/2019 07:27

O d�lar foi o ativo que mais se valorizou no m�s de novembro, com alta de 5,73% at� o dia 28, segundo an�lise do administrador de investimentos F�bio Colombo. No entanto, tentar ganhar dinheiro prevendo os pr�ximos passos do c�mbio n�o � o caminho indicado pelos especialistas. Daqui para a frente, o que o investidor pode fazer � aplicar, aos poucos, parte da carteira para se defender da varia��o da moeda. Para isso, os fundos cambiais - j� n�o t�o populares - podem ser uma sa�da, al�m de uma op��o para garantir a reserva de dinheiro de uma viagem sem o risco de deixar a quantia em casa. O foco nessa estrat�gia, por�m, � a prote��o da carteira e n�o o aumento dos rendimentos.

A desvaloriza��o do real tem efeito sobre muitos investimentos, inclusive a renda fixa. A rea��o dos t�tulos do Tesouro prefixados ou atrelados � infla��o se manifesta na marca��o a mercado - valor do t�tulo caso ele seja vendido antes do prazo. "Nos t�tulos prefixados, a marca��o a mercado caiu, em raz�o de uma mudan�a na expectativa de juros futuros, por decorr�ncia do c�mbio. Alguns fundos multimercados tamb�m sentiram essa mudan�a", diz o gestor da Guide Investimentos Leonardo Uram.

Isso acontece porque o mercado prev� a possibilidade de que, com o d�lar mais alto, no m�dio prazo, os pre�os da economia sejam puxados por produtos que tenham artigos importados em sua cadeia produtiva. Caso isso venha a acontecer, o Banco Central teria de reduzir os cortes de juros, para impedir o aumento da infla��o. Essas suposi��es, e um contexto internacional ainda conturbado, levaram a pequenas altera��es na curva de juros futuros, o que desvaloriza momentaneamente os t�tulos prefixados e frustra a estrat�gia de alguns fundos. Uram pontua que esse efeito � passageiro, e, assim, vale a pena carregar os t�tulos por mais tempo na carteira, al�m de focar resultados dos fundos no m�dio prazo.

� justamente para se prevenir desses efeitos, e de outros - como perdas em a��es de empresas que s�o afetadas pela alta do d�lar - que estabelecer uma estrat�gia de isolamento da carteira do c�mbio pode ser interessante. "Os fundos cambiais funcionam como prote��o, n�o como um investimento rent�vel", diz Gilberto Kfouri, respons�vel por renda fixa e multimercados da BNP Paribas Asset Management. O gestor ressalta que, nesse ativo, se houver rendimentos, ainda � descontado o Imposto de Renda. "Esse tipo de ativo j� � parte de uma estrat�gia mais diversificada", diz.

Esse ativo ainda pode ser uma medida de seguran�a para quem planeja viajar e n�o quer se arriscar a manter a moeda comprada em casa. "Nesse patamar de d�lar mais caro, vai fazer sentido o investidor menor, que n�o pode alcan�ar carteiras de a��es de fora do pa�s, alocar pouco a pouco uma porcentagem maior em fundos cambiais. Assim, caso haja mais desvaloriza��o, ele fica protegido. E se o real voltar a se fortalecer, o restante da sua aloca��o em ativos dom�sticos superara a queda do d�lar", explica Jos� Lucio Nascimento, s�cio da BTG Pactual Asset Management.

� verdade, por�m, que os fundos cambiais j� n�o est�o em seu melhor momento. Outubro foi o primeiro m�s, desde mar�o deste ano com resultado positivo no patrim�nio l�quido (o saldo de aportes e sa�das) dessa classe de investimentos. Com R$ 188 milh�es de resultado no m�s, esse per�odo foi tamb�m o melhor desde junho do ano passado, quando as entradas e sa�das ficaram positivas em mais de R$ 1 bilh�o.

Para F�bio Macedo, gerente comercial da corretora Easynvest, esse menor interesse em fundos cambiais � uma consequ�ncia da infla��o mais controlada, taxa de juros mais baixa e maior conhecimento dos investidores, que j� n�o se sentem t�o inseguros a ponto de desejar ter maior quantidade do seu patrim�nio em d�lar.

Menos indicados pelos especialistas, mas muito negociados na Bolsa, os minicontratos futuros de d�lar s�o outra op��o para os investidores que desejam comprar a moeda. Em outubro deste ano foram negociados mais de R$ 1,2 trilh�o, no tipo de contrato que mais atende �s pessoas f�sicas (WDO - futuro de d�lar mini). Ainda assim, o m�nimo � de R$ 10 mil e, segundo o coordenador do centro de estudos em finan�as da FGV Eaesp, William Eid Jr., � dif�cil que o investidor consiga operar esse tipo de ativo. "H� uma miopia que toma conta do investidor quando ele olha a valoriza��o de um ativo nos �ltimos meses", diz Eid. "Geralmente, o investidor pessoa f�sica chega atrasado e n�o capta as altas. Porque ele se move pelo fluxo e n�o pelo fundamento", complementa Dennis Kac, s�cio da Brainvest.

Mais possibilidades

Para quem j� tem um patrim�nio maior e consegue respaldo profissional para fazer remessas ao exterior, investir em d�vidas emitidas em d�lar � uma sa�da de diversifica��o e prote��o, diz Eid. Ele explica que, assim, o investidor consegue rendimentos melhores, capta a valoriza��o da moeda americana - se houver - e cultiva uma parte do seu patrim�nio isolada da varia��o do real. Al�m disso, para quem est� um passo antes desse patamar de investimentos, fundos de a��es em empresas estrangeiras podem ser uma maneira de manter uma porcentagem de suas aplica��es longe de sustos com o real, avalia Gilberto Kfouri, da BNP Asset. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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