O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Brasil tem condi��es de ter n�veis de dep�sitos compuls�rios muito mais baixos do que s�o hoje ao fazer uma retrospectiva dos nove meses da sua gest�o � frente do �rg�o regulador dos bancos. "Podemos conviver com um volume de compuls�rio muito mais baixo do que � hoje, estimular o cr�dito privado e baixar o custo de capta��o dos bancos. � um projeto que est� acelerado e a gente deve ter not�cias em breve", disse ele, em tradicional evento de fim de ano dos bancos.
Segundo Campos Neto, h� uma reinven��o do mundo privado, com a redu��o do subs�dio, em consequ�ncia da queda da taxa de juro.
Na �rea do cr�dito, ele ressaltou ainda a import�ncia do est�mulo ao cr�dito imobili�rio e voltou a mencionar o home equity, cr�dito pessoal com garantia do im�vel, uma das agendas de sua gest�o. "T�nhamos medo de que as pessoas consumissem suas casas, mas vemos que o estoque, que � muito baixo, esta sendo formado para criar neg�cios ou para migra��o para uma modalidade de cr�dito de custo mais baixo", observou.
Efeitos da pol�tica monet�ria
O presidente do Banco Central disse ainda que as �ltimas evid�ncias sinalizam no sentido de que "talvez o efeito da pol�tica monet�ria global como vimos no passado tenha chegado a algum grau de exaust�o". Segundo ele, h� um debate sobre qual � a combina��o �tima de pol�ticas e m�todos para gerar o melhor resultado com menos efeitos negativos.
Durante almo�o promovido pela Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban), Campos Neto voltou a destacar que as �ltimas reuni�es internacionais em que foi, houve uma revis�o de crescimento mundial para baixo. "Sempre com essa classifica��o de que vai ser a �ltima. Tivemos revis�es sucessivas, curiosamente na �ltima reuni�o teve um tom mais otimista, mas em rela��o � �sia", afirmou, destacando as economias chinesa e indiana. Ele ponderou, contudo, que no mundo desenvolvido e nas Am�ricas, "o crescimento est� baixo, comparado com o que gostar�amos."
Crescimento de qualidade
O presidente do Banco Central disse que a autoridade monet�ria est� focada em criar um ambiente para um crescimento de qualidade. Segundo ele, o Pa�s deve ter um crescimento parecido com os primeiros anos do governo Fernando Henrique Cardoso, mas com zero impulso fiscal.
Em evento promovido pela Febraban, ele destacou que, no in�cio do governo Lula, o Pa�s teve um crescimento de destaque, "mas muito menos que o mercado emergente" e com forte impulso fiscal.
Segundo ele, h� um ambiente prop�cio para o Brasil. "Estamos no caminho certo, precisamos reconhecer que parte � crescimento global, parte � reformas, mas n�o podemos parar, tem muito o que ser feito", disse.
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