
Bras�lia – Os games foram os campe�es de descontos na Black Friday, data de descontos do varejo ocorrida na �ltima sexta-feira. Segundo levantamento da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC), os descontos nos jogos chegaram a 49% neste ano. “Os campe�es de desconto efetivo foram os games. Pegamos os cinco jogos mais procurados na categoria e vimos como os pre�os se comportaram, levando em considera��o a presen�a do produto em pelo menos cinco lojas virtuais. Os pre�os tiveram descontos de at� 60% nos cinco produtos mais procurados e desconto efetivo, ou seja, aquele desconto em rela��o ao pre�o m�nimo praticado nos 40 dias que antecederam o evento. Chegou a 49%”, disse o economista da CNC F�bio Bentes.
O economista disse que produtos como cafeteira el�trica, smarts bands e de vestu�rio tiveram descontos efetivos. “Na parte de eletroport�teis, os descontos chegaram a 20% para a cafeteira el�trica. Para os �culos de sol, os descontos foram de 16%; cal�a masculina, 14%; sapato masculino, 16%. J� os smarts bands, rel�gios para pr�tica de exerc�cios f�sicos, tiveram descontos de 26%. Podemos dizer que esses foram os campe�es de desconto nesta Black Friday”.
A CNC fez o monitoramento dos pre�os de 250 produtos mais demandados pelos consumidores em sites de busca nos 40 dias que antecederam a Black Friday. O levantamento levou em considera��o o desconto efetivo e em quais foram observados os maiores descontos. O monitoramento come�ou na �ltima semana de outubro, com o acompanhamento di�rio dos produtos. “� importante fazer isso, porque um produto, na sexta-feira, poderia estar com desconto. O importante � calcular o desconto efetivo, ou seja, se o produto foi comercializado, digamos, com o pre�o m�nimo de R$ 100. E no dia da Black Friday, ele aparece a R$ 100, ou seja, mesmo que ele tenha tido um desconto na passagem de quinta para sexta, n�o houve um desconto efetivo. O importante � a gente ver para o consumidor onde, de fato, o pre�o foi praticado abaixo do piso dos �ltimos 40 dias”, explicou o economista.
Bentes disse ainda que pode ter sido a maior temporada de descontos desde 2010. “Embora o balan�o n�o tenha sido fechado ainda, foi a maior Black Friday desde que o evento passou a fazer parte do calend�rio do varejo, no ano de 2010, com uma expectativa de faturamento de R$ 3,7 bilh�es.” Ao contr�rio de diversas datas comemorativas do varejo, a Black Friday n�o est� associada a um feriado religioso ou a qualquer outra motiva��o hist�rica, ela tem como mote uma promo��o do varejo num per�odo espec�fico do ano.
Maquiagem de pre�os
Bentes destacou que nem todos os produtos sofrem maquiagem de pre�os. Alguns, mesmo fora da temporada, acabam sendo vendidos pelo fluxo do consumidor. “Os varejistas escolhem produtos espec�ficos para aplicar um desconto grande, mas, em alguns casos, n�o houve desconto algum, aquele produto n�o fez parte da Black Friday daquele estabelecimento, mas isso n�o significa que houve maquiagem de pre�o. O produto n�o entrou no evento por uma estrat�gia do varejista. Mas, com isso, acaba chamando o consumidor para dentro da loja ou site e o consumidor acaba levando um produto que n�o estava na Black Friday”, disse.
Para o economista, a Black Friday n�o diminui as vendas no Natal, mas serve como term�metro para a data. “A Black Friday � um term�metro para o Natal, porque a movimenta��o financeira no per�odo � 10 vezes maior do que a Black Friday e deve faturar, este ano, aproximadamente R$ 37 bilh�es. O que acontece � que muitas pessoas acabam aproveitando a Black Friday para comprar produtos natalinos, compram no cart�o de cr�dito, por exemplo, e pagam a fatura quando recebem a segunda parcela do 13º sal�rio.” (Ag�ncia Brasil)