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Estado de Minas BALAN�A

C�mbio trava a ind�stria eletr�nica

Desvaloriza��o cambial contribuiu para o n�o crescimento do setor em 2019, avalia Humberto Barbato, presidente da associa��o brasileira do ramo. Os empres�rios do segmento trabalham com expectativas mais favor�veis para o ano que vem


postado em 06/12/2019 04:00 / atualizado em 06/12/2019 07:48

Uso de componentes importados pesa na conta, mas a participação dos produtos nacionais minimiza o impacto(foto: Marcos Michelin/Estado de Minas 21/9/04)
Uso de componentes importados pesa na conta, mas a participa��o dos produtos nacionais minimiza o impacto (foto: Marcos Michelin/Estado de Minas 21/9/04)
O c�mbio desvalorizado, sem sombra de d�vidas, � uma das principais vari�veis macroecon�micas que contribuiu para o n�o crescimento do faturamento da ind�stria do setor eletr�nico em 2019 em rela��o a 2018, disse ontem o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria El�trica e Eletr�nica (Abinee), Humberto Barbato.

A hist�ria contada pelos n�meros � a de que o faturamento do setor este ano deve crescer 5% em rela��o a 2018, mas anulado pela infla��o do segmento tamb�m deve registrar igual taxa de 5%. Ao mesmo tempo, uma sondagem feita pela Abinee mostra que 76% dos consultados esperam crescimento para 2020.

Questionado se o c�mbio em processo de desvaloriza��o n�o seria um risco para o otimismo do setor, Barbato disse que sim e que parte do n�o crescimento este ano, al�m da infla��o, teve a participa��o do c�mbio. "Sem sombra de d�vidas uma das justificativas � o aumento dos produtos por conta dos pre�os mais altos dos insumos", disse Barbato.

Em seguida ele emendou que os economistas da entidade t�m afirmado que a tend�ncia � a de o d�lar se manter no patamar atual, oscilando entre R$ 4 e R$ 4,10.

Contudo, de acordo com o presidente da Abinee, as empresas brasileiras trabalham com um n�vel elevado de componentes importados, mas elas tamb�m utilizam uma quantidade significativa de componentes nacionais, o que acaba, de certa forma, por minimizar o impacto da desvaloriza��o cambial nos pre�os dos produtos acabados.

Outro ponto citado por Barbato para justificar sua expectativa de que n�o haver� em 2020 um repasse integral da desvaloriza��o cambial � a luta acirrada das empresas por market share. "A tend�ncia � de as empresas segurarem o repasse do d�lar. Se ocorrer algum repasse ser� apenas na extremidade da necessidade", disse Barbato. Ele participa da coletiva almo�o de imprensa de fim de ano da entidade.

Faltando 25 dias para o encerramento do ano, a Abinee j� d� como definitivos os n�meros dispon�veis. Partindo deles, a ind�stria eletroeletr�nica faturou R$ 154 bilh�es neste ano. O valor, em termos nominais, superou em 5% a receita de R$ 146,1 bilh�es anotada em 2018.

Em termos reais, por�m, n�o deve haver incremento porque a infla��o do setor no ano, medida pelo �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), deve fechar em 5%, estima a Abinee.

"A atividade produtiva este ano ficou aqu�m das expectativas, em fun��o, principalmente, da demora na aprova��o das reformas, que s� tiveram encaminhamento positivo no segundo semestre", disse Barbato. Ele acrescentou que, no caso espec�fico do setor, contribuiu para o desempenho aqu�m do esperado a demora da Lei de Inform�tica, que s� foi aprovada no segundo semestre.

CAPACIDADE 


A produ��o de bens da ind�stria eletroeletr�nica em 2019 dever� permanecer no mesmo n�vel do ano passado. Mas a utiliza��o da capacidade instalada mostrou pequeno acr�scimo, devendo passar de 74% no final do ano 2018 para 75% no final de 2019, segundo a Abinee.

O n�mero de empregados no setor, segundo o presidente da Abinee, aumentar� de 232,2 mil em 2018 para 235 mil no final de 2019, o que representa eleva��o de 1,2%. Isso representa um crescimento de 2,8 mil novos trabalhadores no quadro de funcion�rios do setor.

EXPORTA��ES 


As exporta��es pouco contribu�ram para a atividade da ind�stria eletroeletr�nica uma vez que dever�o cair 5% neste ano em rela��o a 2018, passando de US$ 5,9 bilh�es para US$ 5,6 bilh�es.

Essa queda est� ocorrendo especialmente para os pa�ses da Associa��o Latino-Americana de Integra��o (Aladi), destino para o qual as vendas brasileiras recuaram 15%, com destaque para a retra��o das exporta��es para a Argentina, em 24%, e tamb�m para a Uni�o Europeia, com recuo de 27%.

"Em conjunto, esses blocos absorveram 63% das exporta��es de bens do setor em 2018. J� em 2019 dever�o diminuir para 54% do total. Por outro lado, observou-se eleva��o de 29% nas exporta��es para os Estados Unidos, que passar�o de US$ 1,3 bilh�o para US$ 1,7 bilh�o no per�odo citado, representando 31% do total", explicou o presidente da Abinee. Est�o contribuindo para este crescimento, principalmente, as exporta��es de equipamentos industriais, componentes para equipamentos industriais e bens para automa��o industrial.

Quanto �s importa��es, o acr�scimo ser� de 1% no ano de 2019 na compara��o com 2018, passando de US$ 31,8 bilh�es para US$ 31,9 bilh�es. Nessas aquisi��es, os destaques s�o as importa��es de itens de gera��o, transmiss�o e distribui��o de energia el�trica – GTD, com 47% e de equipamentos industriais, com eleva��o de 13%.

No caso de GTD, as importa��es de m�dulos fotovoltaicos dever�o atingir US$ 950 milh�es, 64% acima das verificadas no ano de 2018. Essas importa��es s�o decorrentes da expans�o na gera��o de energia solar no Pa�s, uma vez que o Brasil possui pouca produ��o local de equipamentos de gera��o deste tipo de energia.

Com isso, o d�ficit da balan�a comercial atingir� US$ 26,4 bilh�es, resultado 2% superior ao apresentado no ano passado, de US$ 25,9 bilh�es.

OTIMISMO 


Os empres�rios do segmento da ind�stria eletroeletr�nica trabalham com expectativas mais favor�veis para 2020. Segundo a mais recente sondagem feita pela Abinee, 76% das empresas projetam crescimento nas vendas ou nas encomendas no pr�ximo ano; 21%, estabilidade e apenas 3%, queda.

Tamb�m o �ltimo �ndice de Confian�a do Setor Eletroeletr�nico (ICEI) divulgado pela Abinee, em novembro, atingiu 61 pontos. Acima de 50 pontos, o ICEI indica confian�a do empres�rio.

"Estamos encerrando 2019 com um �ndice de Confian�a positivo, por�m, menor do que o do ano passado", observa o presidente da Abinee. Em novembro de 2018, logo depois das elei��es, o otimismo era maior e o ICEI havia alcan�ado 65,2 pontos.

Considerando a proje��o de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% e infla��o em torno de 3,6% ao ano em 2020, o setor eletroeletr�nico espera um crescimento de 8% nominais no seu faturamento, para R$ 166 bilh�es, e de 4%, descontada a infla��o.

A Abinee tamb�m projeta eleva��o de 3% na produ��o e aumento no n�vel de emprego, que deve passar de 235 mil para 239 mil trabalhadores.

As exporta��es devem crescer 4% e as importa��es, 11%. "Aos poucos a economia vai se reativando e o ambiente parece demonstrar uma maior confian�a dos empres�rios", afirmou o presidente do Conselho da Abinee, Irineu Gov�a.



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