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Estado de Minas CRISE

Min�rio e caf� derrubam PIB de Minas


postado em 14/12/2019 04:00

Mau desempenho da principal cultura no campo levou à queda de 0,4% da economia de julho a setembro(foto: Gustavo Baxter/Nitro %u2013 7/11/18)
Mau desempenho da principal cultura no campo levou � queda de 0,4% da economia de julho a setembro (foto: Gustavo Baxter/Nitro %u2013 7/11/18)



A economia de Minas Gerais encolheu 0,4% no terceiro trimestre deste ano, ap�s ter enfrentado retra��o de 0,6% de abril a junho, ambos os per�odos comparados aos trimestres anteriores, informou ontem a Funda��o Jo�o Pinheiro, de Belo Horizonte. A queda, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produ��o de bens e servi�os) � explicada em raz�o de dois choques, de grande impacto, que afetaram o estado. De um lado, persistiu a redu��o da atividade da minera��o, ainda impactada pelo desastre da Barragem de C�rrego do Feij�o, da Vale, em Brumadinho, que deixou 257 pessoas mortas e 13 ainda est�o desaparecidas. De outro, predominou o mau desempenho da safra mineira de caf�.

Segundo relat�rio divulgado pela Funda��o Jo�o Pinheiro, no segundo trimestre, ocorreu retra��o significativa do volume de produ��o mineral no estado, devido � paralisa��o de unidades produtivas da Vale, e “da supervis�o mais rigorosa das demais barragens, com a consequente suspens�o tempor�ria na opera��o de v�rias minas”. No terceiro trimestre, a retra��o da economia esteve associada ao desempenho do setor agropecu�rio e, particularmente, ao efeito da baixa produ��o no ciclo bianual da cafeicultura.

O mesmo fen�meno ocorreu em rela��o � taxa acumulada no ano at� o terceiro trimestre de 2019. Enquanto no estado houve decr�scimo de 0,4% do PIB, no Brasil, houve acr�scimo de 1%. A magnitude da queda no nas atividades do setor agropecu�rio em Minas Gerais impressionou, de acordo com a Funda��o Jo�o Pinheiro. Houve retra��o de 14,5% no terceiro trimestre de 2019 em rela��o ao trimestre imediatamente anterior e de 17,1% na compara��o com o mesmo trimestre do ano passado. No Brasil, essas taxas foram positivas com percentuais, respectivamente, de 1,3% e 2,1%.

O desempenho da agricultura tamb�m foi determinante para o resultado negativo em Minas Gerais no terceiro trimestre do ano. A Funda��o Jo�o Pinheiro  estimou recuo de 20,7% no volume anual produzido de caf� no estado. “Como o caf� representa quase 38% do Valor Bruto de Produ��o (VBP) agr�cola e teve 64,9% da safra colhida no terceiro trimestre entende-se a influ�ncia da cafeicultura no resultado da agropecu�ria estadual nesse trimestre.

O PIB de Minas tamb�m fechou no vermelho nos 12 meses completados em setembro passado, quando enfrentou queda de 0,2% frente ao resultado registrado nos 12 meses acumulados at� setembro de 2018. Na mesma base de compara��o, o pa�s teve expans�oo de 1%.

Concentra��o persiste

Terminada a �ltima recess�o econ�mica, a riqueza ainda permanecia concentrada no pa�s. Em 2017, sete munic�pios detinham cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produ��o de bens e servi�os), de acordo com levantamento feito sobre os PIBs municipais pelo Imstituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). As maiores cidades naquele ano foram: S�o Paulo (com 10,6% do PIB brasileiro), Rio de Janeiro (5,1%), Bras�lia (3,7%), Belo Horizonte (1,4%), Curitiba (1,3%), Osasco/SP (1,2%) e Porto Alegre (1,1%). Juntos, esses munic�pios representavam 13,6% da popula��o brasileira.

Quando somados os 69 munic�pios brasileiros mais ricos em 2017, chegava-se praticamente � metade do PIB nacional. Ou seja, pouco mais de 1% dos 5.570 munic�pios brasileiros gerava 50% da produ��o de bens e servi�os do pa�s. Por outro lado, os 1.324 munic�pios mais pobres responderam por apenas 1% do PIB nacional.

A gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Po�a, avaliou que o fato de 69 munic�pios representarem metade do PIB significa que h� uma concentra��o econ�mica muito grande e “isso n�o muda de ano para outro”. O que se observa � que esses grandes munic�pios, independentemente do recorte que seja dado, v�m perdendo participa��o a cada ano.

“Isso � uma constante. Ocorre porque os outros munic�pios est�o aumentando sua economia.” As grandes cidades est�o perdendo participa��o relativa, mas esse processo ainda � uma coisa muito lenta, explicou a gerente do IBGE. Se consideradas as concentra��es urbanas, regi�es com mais de 100 mil habitantes que re�nem uma ou mais cidades com alto grau de integra��o, apenas duas delas detinham, juntas, um quarto do PIB brasileiro: S�o Paulo/SP (17,3%), que inclui o munic�pio de Osasco (SP); e Rio de Janeiro/RJ (7,7%).

As 10 maiores concentra��es urbanas brasileiras eram respons�veis, juntas, por 43% do PIB: S�o Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Bras�lia/DF, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, Curitiba/PR, Campinas/SP, Salvador/BA, Recife/PE e Fortaleza/CE.


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