Nos dois primeiros processos em que apurou os reflexos societ�rios da corrup��o exposta pela Opera��o Lava Jato na Petrobr�s, a Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) aplicou R$ 1,7 milh�o em multas e inabilitou os ex-diretores da �rea internacional da estatal Nestor Cerver�, por 15 anos, e o executivo Jorge Zelada, por 18 anos. Os casos tratam de irregularidades na contrata��o da constru��o dos navios-sonda da estatal. Outros sete processos envolvendo a Petrobr�s seguem em curso.
Respons�vel pelas negocia��es de tr�s sondas, Cerver� admitiu ao �rg�o regulador do mercado de capitais ter recebido propinas para fechar os contratos. J� Zelada foi condenado na CVM por ter direcionado a contrata��o de constru��o da sonda Titanium para a texana Vantage Deepwater em troca de vantagem pessoal. Os dois foram condenados e presos na Lava Jato por participar de esquema de corrup��o na estatal.
Por maioria, o colegiado do �rg�o regulador do mercado de capitais entendeu que os fatos estavam prescritos em rela��o aos demais membros da diretoria executiva da Petrobr�s por terem ocorrido h� mais de cinco anos.
Essa lista inclui o ex-presidente da estatal Jos� S�rgio Gabrielli e os diretores Almir Barbassa (financeiro), Guilherme Estrella (explora��o e produ��o), Gra�a Foster (g�s e energia), Ildo Sauer (g�s e energia), Paulo Roberto Costa (abastecimento) e Renato Duque (servi�os). Os dois �ltimos chegaram a ser presos na Lava Jato.
A acusa��o da �rea t�cnica da CVM afirmava que houve quebra do dever de dilig�ncia da diretoria, que dava o sinal verde aos neg�cios com base em documentos recebidos �s v�speras das reuni�es e que as aprova��es eram usadas como moeda de troca entre os diretores.
Ainda cabe recurso em rela��o �s condena��es ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN), o Conselhinho. Os advogados de Cerver� argumentam que as sondas contratadas em sua gest�o foram utilizadas por anos e que n�o houve preju�zo � Petrobr�s. A defesa de Zelada diz que n�o houve provas de que ele se beneficiou da contrata��o da Vantage nem de que violou deveres de dilig�ncia e lealdade.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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