As estatais federais j� pagaram R$ 16,3 bilh�es em dividendos para a Uni�o neste ano, de acordo com informa��es do Minist�rio da Economia. O valor foi desembolsado pelas cinco principais empresas - BNDES, Banco do Brasil, Caixa, Petrobras e Eletrobras. O resultado dos nove primeiros meses do ano j� � 40% maior do que todos os dividendos pagos em 2018, de R$ 11,6 bilh�es.
Esse resultado ainda pode aumentar at� o fim do ano, afirmou o secret�rio de Coordena��o e Governan�a das Empresas Estatais do Minist�rio da Economia, Fernando Antonio Ribeiro Soares. "S�o dividendos estruturais, que v�m de resultados efetivos das empresas, decorrentes de reestrutura��o, ajustes, corte de custos e desinvestimentos", comentou.
A soma de dividendos de janeiro a setembro tamb�m supera todo o valor pago nos anos de 2015, 2016 e 2017, respectivamente R$ 14,5 bilh�es, R$ 3,7 bilh�es e R$ 7,4 bilh�es. Esses recursos entram no caixa do Tesouro Nacional e ajudam a reduzir o d�ficit prim�rio.
Os aportes da Uni�o ao conjunto de estatais, por outro lado, atingiram o menor valor desde 2012. At� o terceiro trimestre, foram R$ 1,5 bilh�o. H� sete anos, foram R$ 700 milh�es. Os dados integram o Boletim das Empresas Estatais Federais do terceiro trimestre.
Os cortes, aliados aos desinvestimentos - vendas de subsidi�rias -, contribu�ram tamb�m para a redu��o do endividamento do conjunto das empresas federais.
O pico, em 2015, foi de R$ 544 bilh�es, valor que caiu para R$ 325 bilh�es no terceiro trimestre deste ano. De acordo com Soares, a maior contribui��o veio da Petrobras, que tem apostado na venda de ativos para reduzir a d�vida e privilegiar a explora��o de petr�leo em �guas profundas.
A venda de subsidi�rias elevou o lucro das companhias. O resultado l�quido no terceiro trimestre das cinco maiores estatais atingiu R$ 85,192 bilh�es, ante R$ 50,207 bilh�es no mesmo per�odo do ano passado. As estatais dependentes ainda n�o fecharam seus resultados para o per�odo. "� claro que o mercado como um todo est� crescendo, mas tem muita coisa boa sendo feita nas estatais, o que justifica tamb�m esse resultado", disse Soares.
Um dos maiores alvos das pol�ticas de corte de custos, o n�mero de empregados do conjunto de estatais federais tamb�m caiu. No terceiro trimestre deste ano, o contingente era de 481.850, ante 496.412 em 2018. O pico foi em 2014, quando havia 552.856 funcion�rios, e desde ent�o o n�mero cai ano a ano.
"Continuamos firmes no trabalho de enxugamento de pessoal", disse Soares. Nos �ltimos tr�s anos, a despesa com pessoal caiu tanto em termos nominais quanto reais, e os reajustes salariais tamb�m ficaram abaixo da infla��o - exceto aqueles aprovados em conven��es coletivas ou determinados por decis�es judiciais. "O objetivo � efetivamente reduzir as despesas com pessoal, e n�o tirar pessoas", afirmou Soares.
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